Presidente subiu o tom contra empresas que não colaboram com missão – foto Wilson Dias |
Ao
anunciar que vai usar recursos do Tesouro Nacional para bancar a redução média
de 20,2% das contas de luz, a presidente Dilma Rousseff voltou a atacar as
concessionárias de estados governados pelo PSDB que se recusam a aderir ao
plano do governo.
“O
que nós estamos fazendo é devolvendo aquilo que nos foi dado. Ninguém está
fazendo graça com chapéu alheio”, disse a presidente, durante lançamento do
pacote para o setor portuário.
Dilma,
que reiterou a promessa de reduzir em 28% as tarifas de energia para empresas e
em 16% para famílias, afirmou que teve “não colaboradores nessa missão”. Pelo
segundo dia consecutivo, ela atacou as elétricas que resistem em renovar as
concessões.
Segundo
cálculos das companhias de energia de São Paulo, Minas Gerais, Paraná
-governados pelo PSDB, principal adversário político do governo federal- e
Santa Catarina, a renovação das concessões pelas regras estabelecidas pelo
governo trariam perdas de pelo menos R$ 8 bilhões.
Enfática,
Dilma destacou que a “hora de prorrogar [as concessões] passou. A hora agora é
de devolver. Nós vamos devolver”, prometeu. A presidente disse que o governo
fará um imenso esforço e que o remanejamento de repasses para custear a redução
das contas não será trivial.
“Tivemos
não-colaboradores nessa questão. Eles deixam em seu rastro uma falta de
recursos. Essa falta de recursos será bancada pelo Tesouro do governo federal”,
reforçou.tas não será trivial.
Depois
de meses de discussão e muitos impasses, o governo federal lançou pacote de
mais de R$ 54 bilhões para o setor portuário, a ser bancado pelo governo e
também pela parceria privada.
Além
dos novos investimentos, previstos para serem gastos de forma escalonada até
2017, o plano prevê o fim das outorgas como critério de licitação, na tentativa
de aumentar eficiência e competitividade do setor.
“Nosso
objetivo não é arrecadar para a Fazenda Nacional. Não queremos com os portos
ganhar mais dinheiro cobrando uma outorga maior. No passado pode ter feito
sentido isso, agora estamos num outro momento, o da competitividade”, disse a
presidente Dilma Rousseff.
Com
informações O Povo Online
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