A Prefeitura Municipal de Altaneira foi uma das que permaneceu aberta, mas medidas já foram adotadas para contenção de despesas - foto arquivo do Blog |
Pelo
menos 60 prefeituras do interior cearense já fecharam as portas esta semana,
pelo menos por um dia. Nos gabinetes, não havia servidores. Nas repartições
públicas, apenas os serviços essenciais funcionaram: saúde, educação e coleta
de lixo. A mobilização segue tendência iniciada em Pernambuco, em protesto
contra as quedas no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Sem
recursos os prefeitos alegam não ter como cumprir os compromissos financeiros
das gestões. Em fim de mandato, a crise financeira e a penúria teriam se
agravado com as obrigações legais do período de transição. Entre os prejuízos,
gestores e servidores apontam ondas de demissão e atrasos no pagamento dos
salários, o que pode levar ao descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Quanto
à estiagem, os efeitos da diminuição do repasse do FPM tornam-se mais
devastadores à medida em que a arrecadação diminui e as ações de combate à seca
emperram por falta de recursos. No Ceará, o quadro de estiagem já é considerado
o pior dos últimos 50 anos.
Segundo
a presidente da Associação dos Prefeitos do Ceará (Aprece), Eliene Brasileiro,
o protesto nas prefeituras foi iniciado na terça-feira e deve seguir até a
próxima sexta-feira. Nesse intervalo, mais gestores poderão fechar as portas
dos gabinetes. Eliene e outros 25 dirigentes de municípios cearenses
desembarcaram ontem em Brasília para adesão à marcha organizada pela
Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que reuniu prefeitos de todo o País
em manifestação pelo aumento do repasse de FPM.
A
prefeita de General Sampaio disse que a “greve” iniciada no Ceará é uma
tentativa de alertar a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti,
para o drama vivido pelas prefeituras desde que o Governo Federal diminuiu os
repasses no início do semestre. Com a redução do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), o FPM teria sofrido baque de R$ 1,5 bilhão.
Entre
as reivindicações dos prefeitos, está também a reposição dos recursos da
CIDE/combustíveis destinados aos Municípios. A contribuição teria sido zerada,
retirando das prefeituras um repasse de R$ 595 milhões. Os prefeitos também
pedem o pagamento imediato dos Restos a Pagar destinados aos Municípios, das
obras e aquisições de equipamentos que já foram iniciados ou adquiridos. Este
valor está estimado em mais de R$ 8 bilhões de reais para todo o País.
O
Prefeito Municipal de Altaneira, Delvamberto Soares, ainda não anunciou se
participara do protesto mas já adotou algumas medidas para contenção de
despesas para evitar o fechamento do ano no vermelho.
Com
informações O Povo Online
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