Os nomes de Luiz Felipe Scolari e de Carlos Alberto Parreira foram anunciados oficialmente ontem, no Rio de Janeiro, por José Maria Marin - foto Andrew Ricardo |
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em sua primeira entrevista como treinador da seleção brasileira, Luiz Felipe
Scolari pediu apoio aos torcedores e afirmou, curto e grosso, que ganhar a
Copa-2014 é obrigação. O novo velho técnico já começou a usar o prestígio que
tem para tentar dar mais cor ao amarelo desbotado do atual time.
“A
gente quer o incentivo do torcedor. O torcedor tem que estar com a gente”,
disse Scolari. “Temos que ter tudo organizado, toda a assistência. Temos que
dar confiança aos jogadores”, disse o treinador, lembrando o apoio que recebeu
dos portugueses durante a Eurocopa-2004 e a Copa-2006.
O
coordenador técnico Carlos Alberto Parreira, também anunciado oficialmente
ontem, no Rio de Janeiro, endossou o pedido e elogiou a torcida da África do
Sul durante a Copa-2010. De acordo com o ex-treinador, os sul-africanos jogaram
juntos com a equipe. As comparações eram um recado claro: o Brasil ainda não
sabe amparar sua seleção.
O
antecessor de Scolari, Mano Menezes, sofreu com a pressão nas partidas
realizadas no Brasil. A seleção foi vaiada na vitória sobre a África do Sul e
no duelo contra a Argentina, realizado em Goiânia, pelo Superclássico das
Américas. A exceção foi o jogo contra a China, no Recife.
Scolari
afirmou que não teme a opinião pública em um eventual fracasso da seleção
brasileira na Copa das Confederações, primeira competição oficial do treinador,
que será realizada de 15 a 30 de junho.
“Se
não quer pressão é melhor não jogar na seleção, vão trabalhar no Banco do
Brasil, num escritório”, disse Luiz Felipe Scolari, referindo-se à importância
de vencer a Copa-2014. A frase não repercutiu bem. Poucos minutos depois, o
próprio banco e a associação que representa seus 116 mil funcionários
classificaram a declaração como “infeliz” e “preconceituosa”. Após a entrevista
coletiva no Rio, ainda na tarde de ontem, o Banco do Brasil divulgou nota
dizendo que o técnico havia entrado em contato para pedir desculpas. “Foi
apenas uma má colocação”, teria dito Felipão.
Obrigação
de ganhar
Scolari
afirmou que o Brasil tem obrigação de conquistar o hexacampeonato em casa. “Nós
temos a obrigação, sim, de ganharmos o título porque jogamos em casa”,
completou.
O
técnico afirmou que vai utilizar a base que vinha sendo convocada por Mano,
demitido na última sexta-feira.
“Não
vamos começar do zero. Isso não existe. Em 2001, quando pegamos a seleção
brasileira, não começamos do zero. Agora vamos pegar uma seleção que foi
trabalhada. Vamos pegar uma base (do Mano) e, dentro dessa base, um ou outro
nome será incrementado”, disse.
Mano
treinou a seleção por dois anos e meio. Assumiu no lugar de Dunga logo depois
do Mundial-2010, na África do Sul. Em 40 jogos, não conseguiu títulos
importantes - seu melhor resultado foi a prata na Olimpíada de Londres, em
2012.
Scolari
evitou comentar se vai manter o esquema sem um atacante de referência que vinha
sendo utilizado pelo seu antecessor. Na Copa de 2002, o treinador usou o 3-5-2.
“Foi uma adaptação ao grupo que possuía. Depende das características dos
jogadores.”
A
reestreia de Scolari no comando da seleção brasileira será contra a Inglaterra,
no dia 6 de fevereiro, em Wembley.
Com
informações O Povo Online
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