Foto Lia de Paula |
A
poucos dias dos Jogos Olímpicos de Londres, a revista médica britânica Lancet
publicou uma série de estudos que escancara os problemas do sedentarismo,
responsável por 5,3 milhões de mortes por ano no mundo.
Segundo
os pesquisadores, a falta de atividade física pode ser considerada uma pandemia
e é tão grave que diminui a expectativa de vida da mesma forma que o tabagismo
e a obesidade. Está no sedentarismo a causa para 10% das doenças não transmissíveis,
como diabetes, câncer e problemas cardíacos.
Um
dos estudos da série, coordenado por Pedro Hallal, da Universidade de Pelotas,
aponta que cerca de 30% da população mundial adulta é fisicamente inativa, mas
o quadro para os adolescentes é mais preocupante: 80% dos jovens entre 13 e 15
anos não se exercitam o suficiente.
No
Brasil, 49% da população adulta não pratica atividades físicas, e o estilo de
vida sedentário é responsável por 13% das mortes por infarto, diabetes e câncer
de mama e do intestino.
Hallal
afirmou que a tendência é que se pratique cada vez menos exercícios e, com
algumas exceções, profissionais de saúde não têm tido sucesso em mobilizar o
governo e a população para encarar a atividade física de maneira séria, como um
problema de saúde pública.
A
inatividade física é descrita no estudo como a falta de exercícios moderados
(como uma caminhada) de 30 minutos, cinco vezes por semana, e práticas mais
rigorosas durante 20 minutos, três vezes por semana, ou a combinação dos dois.
Mas,
segundo os pesquisadores, identificar as causas do sedentarismo é importante
para se pensar em intervenções eficazes e aumentar os níveis de atividade
física.
Ser
do sexo masculino, jovem, com boa situação financeira e ter praticado atividade
física previamente aumentam as chances de a pessoa ser fisicamente ativa.
Por
outro lado, a obesidade e até uma predisposição genética ao sedentarismo, como
novas evidências sugerem, tornam a pessoa propensa a se movimentar pouco.
Ciclovias,
mais espaços verdes, melhora do transporte público e ruas mais bem iluminadas
também são um bom incentivo, aponta um dos estudos da série.
Com
informações O Povo Online
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