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23 de junho de 2012

Para Dilma, Rio+20 foi um passo histórico em direção a um mundo mais justo


Dilma durante entrevista coletiva no Riocentro - foto Roberto Stuckert Filho

A presidenta Dilma Rousseff encerrou ontem (22/06) os trabalhos da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, afirmando que foi dado um passo histórico em direção a um mundo mais justo e próspero. Segundo ela, a Rio+20 lançou as bases de uma agenda para o século XXI.

    “Um passo histórico foi dado em direção a um mundo mais justo, equânime e próspero para que a pobreza seja erradicada e o meio ambiente protegido. O Brasil se orgulha de ter organizado a mais participativa e democrática conferência na qual tiveram espaço diversas visões e propostas. Buscamos sempre manter um equilíbrio respeitoso entre as posições de todos os países”.

Dilma agradeceu os esforços de todos os países na construção e aprovação do documento final da conferência que, segundo ela, representa um avanço em relação às cúpulas e encontros anteriores. Entre os principais pontos aprovados, a presidenta ressaltou a erradicação da pobreza como objetivo a ser perseguido por todos os países.

    “O documento que aprovamos hoje não retrocede em relação às conquistas da Rio-92. Não retrocede em relação à Cúpula de Johanesburgo de 2002 . Não retrocede em relação a todos os compromissos assumidos nas demais conferências das Nações Unidas, ao contrário, o documento avança, e muito, mostrando a evolução das concepções compartilhadas de desenvolvimento sustentável. Lançamos as bases de uma agenda para o século XXI”, disse.

A presidenta reafirmou que a Rio+20 é um ponto de partida, o início de uma caminhada que deve ser orientada pela ambição de construir, de forma concreta, soluções para uma sociedade sustentável. Segundo ela, a Rio+20 terá um efeito transformador nas sociedades atuais e futuras.

A presidenta Dilma Rousseff afirmou durante entrevista coletiva na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que o resultado da conferência é um ponto de partida para que os países avancem. Segundo Dilma, é inconcebível que algum país fique aquém dos pontos acordados no documento final da Rio+20.

    “Nós construímos um ponto de partida. Um documento de conferência sobre o meio ambiente e sobre desenvolvimento sustentável, a biodiversidade, a erradicação da pobreza é, necessariamente, um ponto de partida, porque é até onde as nações chegaram no seu conjunto. Agora, o que nós temos de exigir é que, a partir desse documento, as nações avancem. O que nós não podemos conceber é que alguém fique aquém dessa posição, além dessa posição todos devem ir”, disse.

A presidenta reconheceu a dificuldade em se chegar a um acordo e conciliar posições distintas no documento final da conferência. No entanto, para Dilma, a questão do financiamento do desenvolvimento sustentável pode avançar em futuros encontros e cúpulas que tratem do tema.

    “O que eu acho que é importante quando você tem um documento escrito é que ninguém pode negar ou esquecer o que está escrito no documento. A vantagem do que nós chegamos aqui com o documento da Rio+20 é, primeiro, ele foi discutido entre centenas de países. Segundo, é que está escrito os compromissos que terão de ser cumpridos. Agora, muitos países não quiseram assinar a questão do financiamento. Uma das formas de se evoluir daqui para frente é colocar isso na pauta. Porque lá em Copenhagen não foi posto. Os países desenvolvidos não querem que isso seja posto na pauta. E nós queremos que seja posto na pauta, mas agora tem de respeitar quem não quer. Então só pode avançar daqui para frente”.

A presidenta Dilma também comentou as críticas das organizações não-governamentais ao documento final da Rio+20.

    “Acho que aqui no Brasil nós construímos um espaço para as ONGs participarem e falarem. Nós construímos um espaço para escutá-las, porque os diálogos foram feitos por iniciativa do governo brasileiro. Os diálogos foram abertos a quem quisesse participar e discutir conosco. Agora, eu não posso impor à ONU um padrão”.

Com informações Blog do Planalto

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