Dilma
durante entrevista coletiva no Riocentro - foto Roberto Stuckert Filho
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A
presidenta Dilma Rousseff encerrou ontem (22/06) os trabalhos da Conferência
das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, afirmando que
foi dado um passo histórico em direção a um mundo mais justo e próspero.
Segundo ela, a Rio+20 lançou as bases de uma agenda para o século XXI.
“Um passo histórico foi dado em direção a
um mundo mais justo, equânime e próspero para que a pobreza seja erradicada e o
meio ambiente protegido. O Brasil se orgulha de ter organizado a mais
participativa e democrática conferência na qual tiveram espaço diversas visões
e propostas. Buscamos sempre manter um equilíbrio respeitoso entre as posições
de todos os países”.
Dilma
agradeceu os esforços de todos os países na construção e aprovação do documento
final da conferência que, segundo ela, representa um avanço em relação às
cúpulas e encontros anteriores. Entre os principais pontos aprovados, a
presidenta ressaltou a erradicação da pobreza como objetivo a ser perseguido
por todos os países.
“O documento que aprovamos hoje não
retrocede em relação às conquistas da Rio-92. Não retrocede em relação à Cúpula
de Johanesburgo de 2002 . Não retrocede em relação a todos os compromissos
assumidos nas demais conferências das Nações Unidas, ao contrário, o documento avança,
e muito, mostrando a evolução das concepções compartilhadas de desenvolvimento
sustentável. Lançamos as bases de uma agenda para o século XXI”, disse.
A
presidenta reafirmou que a Rio+20 é um ponto de partida, o início de uma
caminhada que deve ser orientada pela ambição de construir, de forma concreta,
soluções para uma sociedade sustentável. Segundo ela, a Rio+20 terá um efeito
transformador nas sociedades atuais e futuras.
A
presidenta Dilma Rousseff afirmou durante entrevista coletiva na Conferência
das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que o resultado
da conferência é um ponto de partida para que os países avancem. Segundo Dilma,
é inconcebível que algum país fique aquém dos pontos acordados no documento
final da Rio+20.
“Nós construímos um ponto de partida. Um
documento de conferência sobre o meio ambiente e sobre desenvolvimento
sustentável, a biodiversidade, a erradicação da pobreza é, necessariamente, um
ponto de partida, porque é até onde as nações chegaram no seu conjunto. Agora,
o que nós temos de exigir é que, a partir desse documento, as nações avancem. O
que nós não podemos conceber é que alguém fique aquém dessa posição, além dessa
posição todos devem ir”, disse.
A
presidenta reconheceu a dificuldade em se chegar a um acordo e conciliar
posições distintas no documento final da conferência. No entanto, para Dilma, a
questão do financiamento do desenvolvimento sustentável pode avançar em futuros
encontros e cúpulas que tratem do tema.
“O que eu acho que é importante quando você
tem um documento escrito é que ninguém pode negar ou esquecer o que está
escrito no documento. A vantagem do que nós chegamos aqui com o documento da
Rio+20 é, primeiro, ele foi discutido entre centenas de países. Segundo, é que
está escrito os compromissos que terão de ser cumpridos. Agora, muitos países
não quiseram assinar a questão do financiamento. Uma das formas de se evoluir
daqui para frente é colocar isso na pauta. Porque lá em Copenhagen não foi
posto. Os países desenvolvidos não querem que isso seja posto na pauta. E nós
queremos que seja posto na pauta, mas agora tem de respeitar quem não quer.
Então só pode avançar daqui para frente”.
A
presidenta Dilma também comentou as críticas das organizações
não-governamentais ao documento final da Rio+20.
“Acho que aqui no Brasil nós construímos um
espaço para as ONGs participarem e falarem. Nós construímos um espaço para
escutá-las, porque os diálogos foram feitos por iniciativa do governo
brasileiro. Os diálogos foram abertos a quem quisesse participar e discutir
conosco. Agora, eu não posso impor à ONU um padrão”.
Com
informações Blog do Planalto
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