É comum o uso de celular nas agências bancárias - foto Sara Maia |
Apesar de sancionada desde 8 de julho de 2011, a lei
necessitava de regulamentação para ser fiscalizada. A expectativa é de que, com
o cumprimento da legislação, caiam os índices de ações violentas contra os
bancos e de ‘saidinhas’ bancárias. Segundo levantamento do O POVO, em 2012, até
ontem, o número chegava a 29 – 22 no Interior e sete na Capital.
O texto da lei, de autoria do deputado estadual Tin Gomes
(PHS), determina, além da proibição de aparelhos celulares, a obrigatória
instalação de divisórias individuais entre os caixas e entre a fila e os
caixas, colocação de câmeras de segurança nas agências e contratação de empresa
de segurança. O não cumprimento da lei resulta em multa diária de 500 Ufirce -
cerca de R$ 1,3 mil.
Segundo o texto da lei, postos de serviços bancários e
estabelecimentos com caixas eletrônicos também deverão ter as divisórias. Elas
devem proporcionar privacidade e segurança durante as operações financeiras,
dita a legislação. Para impedir o uso de celulares pelos clientes, devem ser
dispostos informativos indicando a proibição.
O Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor
(Decon) ficará responsável por fiscalizar os bancos. Até agora, a instituição
fez apenas ações educativas nas agências pelo cumprimento do não uso de
celulares. O decreto regulamentador deve ser publicado no Diário Oficial do
Estado, na próxima semana, e os bancos terão três meses para se adequarem ao
determinado.
A expectativa do Sindicato dos Bancários do Ceará
(Seeb-CE) é de que o cumprimento da legislação resulte em segurança de clientes
e funcionários das agências. “Se bancos cumprirem a lei, as divisórias vão
impedir o monitoramento que os criminosos fazem das movimentações financeiras
dos clientes. A privacidade estará garantida com biombos, e privacidade
dificulta monitoramento dos criminosos pra realizar ataques”, defende o
presidente do sindicato, Carlos Eduardo Bezerra.
Segundo ele, nenhuma agência no Ceará segue o determinado
na lei. “Todos bancos estão irregulares”, destacou. Para Carlos Eduardo, o
crescimento das ações contra bancos no Estado e a pressão da sociedade e do
sindicato fizeram com que o Governo se movimentasse para regulamentar a lei -
datada de nove meses atrás.
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban)
informou que “qualquer legislação, municipal, estadual ou federal, deve ser
cumprida pelas instituições financeiras”. Além disso, a federação diz que o uso
de divisória é questionável e não tem eficiência tecnicamente comprovada.
ENTENDA A NOTÍCIA
Crimes como as chamadas “saidinhas” bancárias normalmente
contam com informações passadas por um bandido, via celular, para outro que
está fora da agência e aborda a vítima. Biombos e a proibição de celular
prometem reduzir a quantidade desse tipo de crime.
O que diz a lei
Lei estadual 14.961/11
Proíbe a utilização de telefone celular dentro das agências
bancárias do Estado.
As agências bancárias são obrigadas a instalar divisórias
entre os guichês de atendimento e entre os caixas e a fila ou o espaço
reservado para clientes que aguardam atendimento.
As divisórias devem ser confeccionadas com material
opaco, para evitar a visibilidade do cliente durante o atendimento, e ter
altura mínima de 1,80 metro.
As agências ficam obrigadas também a instalar câmeras e
contratar empresa de segurança.
Caso as determinações não sejam cumpridas, o banco pode
ser penalizado com multa diária de 500 Ufirce.Cada Ufirce equivale a R$ 2,68.
A fiscalização do cumprimento da lei e a aplicação das
penalidades competem ao órgão de defesa do consumidor.
Com informações Portal O Povo Online
Com informações Portal O Povo Online
Decisão acertada,tomara que entre em vigor imediatamente.A violência e as famosas saidinha tem muito a ver com o uso de celular.Tudo que for aprovado para garantir a integridade física das pessoas de bem é louvável.
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