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29 de março de 2012

Brasil e Índia compartilham desafio de eliminar a pobreza, afirma Dilma

Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de outorga do título de doutora "Honoris Causa" pela Universidade de Délhi - foto Roberto Stuckert Filho

A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (28), ao receber o título de doutora Honoris Causa pela Universidade de Délhi, que Brasil e Índia têm o desafio comum de eliminar a pobreza e reduzir as desigualdades sociais. No discurso, ela ressaltou que os dois países têm em comum o desafio de melhorar as condições de vida de seus cidadãos.

    “Países de industrialização tardia, tivemos e temos hoje desafios comuns. Levar adiante projetos nacionais de desenvolvimento capazes de lograr altas taxas de crescimento mas, ao mesmo tempo, de eliminar a pobreza e, sobretudo, reduzir a desigualdade social em um marco de expansão e de aprofundamento da democracia”, disse.

Sobre a cooperação científica e tecnológica, Dilma disse que a Índia alcançou resultados destacados em diversas áreas de tecnologias de ponta e que por isso vê com satisfação a contribuição indiana ao Programa Ciência sem Fronteiras, que concederá bolsas para universitários brasileiros estudarem no exterior.

    “No Brasil, lançamos o programa “Ciência sem Fronteiras”, pelo qual estamos enviando 100 mil estudantes e pesquisadores para formação em centros de primeira linha em outros países. Para nosso Governo é motivo de especial satisfação que a Índia – país conhecido pela excelência de seus cientistas e de seus inovadores tecnológicos – também se associe a nós nessa empreitada. Agradeço a disposição, já manifestada por esta universidade, de trabalhar conosco para receber estudantes e pesquisadores brasileiros. Esperamos em breve a chegada de professores e pesquisadores indianos em nosso país”.

No discurso, Dilma afirmou que Brasil e Índia serão chamados, cada vez mais, a desempenhar um papel central no encaminhamento das principais questões da agenda internacional. E reforçou que a crise econômica, com origem “no mundo desenvolvido”, não será superada por meio de medidas de austeridade, consolidação fiscal e desvalorização da força do trabalho.

    “O crescente peso de nossas economias reforça nossa credibilidade e acentua o potencial de nossa cooperação bilateral e inserção internacional. Temos nossa palavra a dizer no enfrentamento da grave crise econômico-financeira que ainda provoca preocupação pelo impacto que tem sobre as perspectivas de crescimento global”.

Com informações Blog do Planalto