Embora
o imperador Constantino tenha deixado florescer a semente plantada pelos
apóstolos de Jesus, após anos de perseguições e ter feito tantos mártires, o
cristianismo ainda não estava em completa paz. Até o imperador convertido foi
convocado para ajudar a manter a paz da Igreja, e ele obedeceu ao papa
Silvestre I. Quando irrompeu o cisma na África, o imperador usou sua autoridade
para manter a paz, inclusive para o Império. Além disso, foi orientado a ser o
autor da convocação do Concílio de Nicéia, o primeiro da Igreja, em 325, no
qual a Igreja de Roma saiu vencedora, aprovando o credo contra a heresia
ariana.
Tudo
isso acontecia com o papa Silvestre I já bem idoso. Como não agüentaria a
viagem, mandou representantes à altura para que a Igreja se firmasse no
encontro: o bispo Ósio, de Córdoba, e mais dois sacerdotes assessores. Como
havia harmonia entre o papa e Constantino, a Igreja conseguir bons resultados
também no sínodo. Recebeu um forte apoio financeiro para a construção de
valiosos edifícios eclesiásticos, que também marcaram o governo desse papa.
A
construção mais importante, sem dúvida, foi a basílica em honra de são Pedro,
no monte Vaticano, em Roma. O local era um antigo cemitério pagão, o que fez
aumentar muito a importância e o significado de a construção dedicada a Pedro
ter sido feita ali. Quem descobriu isso foi o papa Pio XII, comandando
escavações no local em 1939. Outra foi a Basílica de São Paulo Extra-Muro, e
também a dedicada a são João, em Roma.
Também
por causa de Silvestre, Constantino patrocinou à Igreja um ato histórico e de
muita relevância para a humanidade e o catolicismo: doou seu próprio palácio
Lateralense, para servir de moradia para os papas, e toda a cidade de Roma e
algumas outras vizinhas para a Igreja. Mas esses atos não ocorreram porque
Constantino tinha-se convertido ou por interferência de sua mãe Helena: o
grande mérito se deve ao trabalho do papa Silvestre I. Podemos analisar melhor
com a atitude de Constantino, que nunca se deixou batizar. A conversão total
veio no leito de morte, quando pediu o batismo e recebeu a comunhão. Constantino
está, agora, incluído no livro dos santos, ao lado de sua mãe.
Quanto
ao papa são Silvestre I, morreu em 335, depois de ter permanecido no trono de
Pedro durante vinte e um anos, e produzido tantos e bons frutos para o
cristianismo. No ano seguinte ao da sua morte, começou a ser dedicada a são
Silvestre uma festa no dia 31 de dezembro, enquanto, no Oriente, ele é
celebrado dois dias depois.
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