Sabina era como se
chamava, antigamente, a região nordeste da cidade de Roma, fecunda de cristãos
exemplares. Em alguns lugares, adotou-se a variação de Saviana, porque a letra
"b" do latim tende a ser suavisada com a "v" do idioma italiano.
Foi assim que surgiu esse nome que se perpetuou através do povo europeu.
Em meados do século IV,
temos um Sabino como bispo de Piacenza, cidade próxima a Milão, na Itália.
Segundo consta da tradição, ele nasceu naquela cidade e era diácono da Igreja.
O papa Dâmaso I, que agora é santo como ele, o enviou, em 372, ao Concílio do
Oriente, no qual seria discutida a doutrina ariana.
Ele retornou para a Itália
com várias cartas para os bispos do Ocidente, e pouco depois foi investido com
a mitra episcopal e com o bastão pastoral. Foi o bispo de Piacenza por quarenta
e cinco anos e, também pela tradição, teve uma longa vida, morrendo próximo dos
cento e dez anos.
Sabino se distinguiu pelo
seu saber, pelo zelo pastoral e pelas suas exímias virtudes, que foram enaltecidas
mais tarde pelo futuro grande papa Gregório Magno. O qual narrou um comovente
milagre que Sabino realizou para salvar a cidade, por ocasião de uma enchente
do rio Pó. Além disso, Sabino sempre se manteve muito próximo aos fiéis. Foi
por eles considerado um pai caridoso, penitente e humilde, andando pelas ruas
com roupas simples e, às vezes, sem sapatos.
Foi contemporâneo e amigo
do bispo Ambrósio, outro ilustre santo da Igreja, com quem manteve numerosa
correspondência. Sabino foi um natural e zeloso defensor da doutrina católica
contra os erros dos arianos. Em sua extensa trajetória de vida religiosa, a
Igreja assinalou a sua presença em vários sínodos, como o de Aquiléia, em 381;
de Milão, em 387; e de Roma, em 390.
Várias cidades do centro
da Itália consideravam Sabino seu bispo, talvez por ele ter vivido um pouco em
cada uma delas, mas sempre como o bispo de Piacenza. A pedido da Santa Sé,
tinha de ficar longos período em outras cidades, preparando e corrigindo os
bispos mais jovens, para que a verdadeira doutrina católica não se perdesse no
meio dos erros e excessos dos arianos: que era o perigo da Igreja na época.
O bispo Sabino morreu no
dia 11 de dezembro de 420. Depois, foi canonizado pela Igreja, que escolheu
essa data para a homenagem litúrgica. Mas a cidade de Piacenza o celebra
também, com uma grande festa solene, no dia 17 de janeiro, porque nessa data
suas relíquias foram transferidas para a igreja dos Apóstolos, que naquela
ocasião foi dedicada ao santo.
Com informações Paulinas On line
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