Vividos
os eventos da Paixão e Ressurreição, os Doze apóstolos passaram a pregar o
evangelho de Cristo para os hebreus. A inimizade, que estava apenas abrandada,
reavivou, dando início às perseguições mortais aos seguidores do Messias. Mas
com extrema dificuldade eles fundaram a primeira comunidade cristã, que
conseguiu estabelecer-se como um exemplo vivo da mensagem de Jesus, o amor ao
próximo.
Assim,
dentro da comunidade, tudo era de todos, tudo era repartido com todos, todos
tinham os mesmos direitos e deveres. Conforme a comunidade se expandia,
aumentavam também as necessidades, de alimentação e de assistência. Assim, os
apóstolos escolheram sete para formarem como "ministros da caridade",
chamados diáconos. Eram eles que administravam os bens comuns, recolhiam e
distribuíam os alimentos para todos da comunidade. Um dos sete era Estêvão,
escolhido porque era "cheio de fé e do Espírito Santo".
Porém,
segundo os registros, Estêvão não se limitava ao trabalho social de que fora
incumbido. Não perdia a chance de divulgar e pregar a palavra de Cristo, e o
fazia com tanto fervor e zelo que chamou a atenção dos judeus. Pego de
surpresa, foi preso e conduzido diante do sinédrio, onde falsos testemunhos,
calúnias e mentiras foram a base de sustentação para a acusação. As testemunhas
informaram que Estêvão dizia que Jesus de Nazaré prometera destruir o templo
sagrado e que também queria modificar as leis de Deus transmitidas a Moisés.
Num
discurso iluminado, Estêvão repassou toda a história hebraica, de Abraão até
Salomão, e provou que não blasfemara contra Deus, nem contra Moisés, nem contra
a Lei, nem contra o templo. Teria convencido e sairia livre. Mas não, seguiu
avante com seu discurso e começou a pregar a palavra de Jesus. Os acusadores,
irados, o levaram, aos gritos, para fora da cidade e o apedrejaram até a morte.
Antes
de tombar morto, Estêvão repetiu as palavras de Jesus no Calvário, pedindo a
Deus perdão para seus agressores. Fazia parte desse grupo de judeus um homem
que mais tarde se soube ser o apóstolo Paulo, que, na época, ainda não estava
convertido. O testemunho de santo Estevão não gera dúvidas, porque sua
documentação é histórica, encontra-se num livro canônico, Atos dos Apóstolos,
fazendo parte das Sagradas Escrituras.
Por
tudo isso, quando suas relíquias foram encontradas em 415, causaram forte
comoção nos fiéis, dando início a um fervoroso culto de toda a cristandade. A
festa de santo Estevão é celebrada sempre no dia seguinte ao da festa do Natal
de Jesus, justamente para marcar a sua importância de primeiro mártir de Cristo
e um dos sete escolhidos dos apóstolos.
Com informações Paulinas On line
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