Diocleciano
foi imperador romano entre os anos 284 e 305. Na época, Anastácia, filha de
Protestato e Fausta, ambos romanos e pagãos, era uma jovem belíssima. Junto com
sua mãe, foi convertida à fé cristã por seu professor Crisogono, fururo santo
mártir. As duas se dedicavam a ajudar os pobres e à conversão de pagãos.
Com a morte
da mãe, o pai lhe impôs o casamento com Públio, um rico pagão da nobreza
romana. Mesmo contra a vontade, Anastácia se casou. Logo o marido a proibiu de
envolver-se com qualquer tipo de atividade, como era de costume entre as damas
da sociedade. Mas ela continuou ajudando os pobres às escondidas e, quando o
marido foi informado, puniu-a com crueldade. Foi proibida de sair de casa.
Naquele momento, o consolo veio por meio dos conselhos do professor Crisogono,
que já era perseguido e acabou sendo preso.
Na ocasião, o
imperador Diocleciano nomeou Públio embaixador na Pérsia. Ele partiu deixando
Anastácia sob a guarda de Codizo, homem cruel que tinha ordem de deixá-la
morrer lentamente. Logo chegou a notícia da súbita morte de Públio. Anastácia
foi libertada e soube que seu conselheiro, Crisogono, seria transferido para o
julgamento na Corte imperial de Aquiléia. A discípula o acompanhou na viagem e
assistiu o interrogatório e, depois, a sua decapitação.
Cada vez mais
firme na fé, voltou a prestar caridade aos pobres e a pregar o evangelho de
Cristo. Suspeita de ser cristã, foi levada à presença do prefeito de Roma, que
tentou fazê-la renunciar à sua religião. Também o próprio imperador Diocleciano
tentou convencê-la, mas tudo inútil. Anastácia voltou para a prisão.
Em seguida,
Diocleciano partiu para a Macedônia, levando consigo os prisioneiros cristãos,
inclusive ela. Da Macedônia foram para Esmirna, na Dalmácia, atual Turquia. Lá,
outros cristãos denunciados foram presos. Entre eles estavam a matrona Teodora
e seus três filhos, depois também santos da Igreja. A eles Anastácia dispensava
especial atenção.
Os
carcereiros informaram o imperador, que mandou prender Anastácia durante um mês
no pior dos regimes carcerários. No fim do período, ela estava mais bela do que
antes, e ainda mais firme na sua fé. Inconformado, o imperador a entregou para
ser morta junto com os outros presos cristãos. Anastácia morreu queimada viva,
no dia 25 de dezembro de 304, em Esmirna.
Primeiro, o
corpo de Anastácia foi enterrado na diocese de Zara; depois, em 460, foi levado
para Constantinopla. Seu culto, um dos mais antigos da Igreja, se espalhou por
toda a cristandade do Oriente e do Ocidente. Em quase todos os países, existem
igrejas dedicadas a ela, e muitas guardam, para devoção dos fiéis, um fragmento
de suas relíquias. Sua celebração ocorre tanto no Oriente como no Ocidente, no
dia de sua morte, sempre recordada na missa do período da tarde, em razão da
festa do Natal de Jesus Cristo.
Com informações Paulinas On line
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