Dilma
termina o ano com popularidade em alta – foto Fabio Rodrigues Pozzebom
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Para 56% dos eleitores entrevistados o governo
Dilma é ótimo ou bom, cinco pontos percentuais a mais do que o registrado em
setembro. Outros 32% avaliam a administração como regular. Para 9% o governo é
ruim e 3% não opinaram. Com este índice positivo, a presidente supera a marca
de 51% registrada em 2007, quando o ex-presidente Lula encerrava o primeiro ano
de seu segundo mandato. Em 2003, a avaliação do governo dele teve 41% de ótimo
e bom. No caso de FHC, por sua vez, o melhor resultado foi em 1995, quando
tinha 43% de avaliação positiva ao seu governo.
O desempenho recorde de Dilma se repete também na
sua avaliação individual. Ela conta com 72% de aprovação na pesquisa contra 21%
que a desaprovam e 7% que não opinaram. Dono das melhores avaliações anteriores
em relação ao início de mandato, Lula tinha 66% em 2003 e 65% em 2007. FHC
alcançou 57% em 1995 e tinha 26% em 1999. Apenas em relação à confiança pessoal
a presidente não conseguiu superar seu padrinho político neste comparativo
histórico. Em 2003 Lula teve 69% neste quesito enquanto Dilma agora registra
68%. Apesar dos recordes da presidente, porém, para 28% dos eleitores sua
administração é pior do que a de Lula enquanto apenas 12% a julgam melhor que o
antecessor.
Para o gerente-executivo de pesquisa da CNI, Renato
da Fonseca, Dilma parece conseguir se afastar das seguidas acusações de
corrupção contra o seu governo. “Dilma conseguiu se blindar. Ela conseguiu se
distanciar e as denúncias ficaram restritas aos ministros”.
Em café de manhã com jornalistas, a
presidente
Dilma Rousseff avisou que seu governo “não tem
nenhum compromisso com qualquer prática inadequada”. “É tolerância zero”,
afirmou, referindo-se a possíveis malfeitos dentro do seu governo. Ela evitou
citar especificamente o caso do ministro do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior, Fernando Pimentel, novo alvo de denúncias de tráfico de
influência. Assegurou que “não há dois pesos e duas medidas” no tratamento das
denúncias e na demissão de ministros. “O que ocorrer dentro do governo não será
tolerado”, garantiu.
Para a presidente, não houve momento de desgaste
por conta da troca recorde de ministros em seu primeiro ano de governo. “Foi um
momento de dificuldade. Não acho que foi um momento de desgaste. Lamento.
Muitos ministros eram pessoas que eu considerava capazes. Mas o governo superou
isso”, afirmou. Sobre a demissão do então ministro da Casa Civil, Antonio
Palocci, Dilma disse que ele saiu do governo porque quis. Ela lembrou que em
muitos casos a pressão é tão forte que o próprio ministro decide sair. Veja
agora a opinião de Dilma sobre outros temas:
Reforma ministerial:
Não haverá redução de pastas com a reforma
ministerial que a presidente pretende fazer no início do ano. Ela chegou a
ironizar as notícias que saem na imprensa sobre as mudanças. “Vocês vivem
falando que vai ter reforma”. Ela fez questão de descartar a possibilidade de
serem extintas pastas que ela considera estratégicas, como as secretarias de
Igualdade Social e de Políticas para as Mulheres.
Reajuste do Judiciário:
Dilma afirmou ainda que o aumento dos salários do
Judiciário “é uma questão do Congresso”. A presidente justificou, ainda, que o
País ficaria fragilizado se tivesse uma política de gastos sem controle. Por
isso, disse que “não é hora de dar reajuste a ninguém”, em referência ao
aumentos salariais do funcionalismo público. “Não coaduna com o momento.
Ninguém é melhor do que ninguém”, defendeu.
Questionada se o dinheiro para o reajuste não
sairiam de uma mesma fonte do Tesouro Nacional e que o governo não teria como
impedir que fosse concedido, a presidente evitou polemizar, falando que não faz
análises sobre outros poderes. “Não compete a um presidente fazer isso”, disse.
Dilma ressalvou, no entanto “que não é crime pedir aumento salarial. É algo que
as categorias podem pedir”.
Crise e cenário econômico:
O Brasil está em uma situação melhor para enfrentar
a crise no atual momento “porque temos recursos próprios. Temos mais do antes”,
avaliou Dilma. A presidente informou que o Brasil aprendeu muito com a crise de
2009 e comentou críticas que o governo vem recebendo de que poderia enfrentar problemas
no crédito. “Dizem que vamos ter problemas de crédito”, disse a presidente,
explicando, no entanto, que o Brasil tem usado crédito para enfrentar a crise.
“Passamos de R$ 400 bilhões para quase R$ 2
trilhões. Na verdade, foram quase R$ 1,94 trilhão e nós não recorremos ao
orçamento”, disse a presidente, lembrando que o governo tem instrumentos com o
alto volume de depósitos compulsórios. “Temos margem de manobra na política
monetária”, reagiu a presidente. “Temos capacidade de investimento, tanto do
ponto de vista do governo, quanto da iniciativa privada”, declarou a presidente
Dilma Rousseff.
Com informações O Povo Online
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