Catequizada por são
Patrício no século V, a Irlanda deu à Europa medieval inúmeros monges
missionários que espalharam e fizeram crescer a Igreja cristã. Da "ilha
dos santos" para a Europa, eles vieram, austeros, retos e amorosamente
motivados, dar origem à chamada "peregrinação pelo Senhor". Além de
expandir muito as regiões de fé cristã, colaboraram para a renovação cultural
do velho continente. Um de grande relevância foi o monge Columbano, nascido por
volta do ano 540 na cidade de Leinster.
Esse irlandês era um nobre
rico, culto e dotado de inteligência incomum. Ele próprio se iniciou no estudo
das Sagradas Escrituras. Depois, estudou as ciências humanas e a teologia em um
mosteiro da Irlanda do Norte, em Bangor, considerado o de regras mais rígidas
de todo país. Teve como orientador espiritual o próprio abade, santo Comgall.
Passou décadas e mais décadas de ilha em ilha, onde os mosteiros floresciam.
Ele mesmo fundou um em Bangor, que se tornou célebre também, e onde, por uma
década, foi professor dos noviços.
Contemporâneo dos mais
destacados religiosos de sua época, estudou ao lado de muitos deles, alguns dos
quais se tornaram santos. Aos cinqüenta anos, deixou seu país para atuar como
missionário, acompanhado de outros doze monges. E passou para a história da
Igreja por sua presença de visionário reformador e fundador de mosteiros, dono
de uma singular personalidade que unia vigor e poesia, determinação férrea e
descuidada improvisação. Mas também, e principalmente, pela rigidez das regras
de disciplina imposta aos monges dos seus mosteiros.
Chegou, em 590, na Europa
decadente daqueles tempos medievais, entrando pela França, onde fundou o
primeiro mosteiro em Luxeuil, a seguir outros dois na região da Borgonha.
Assim, atraiu centenas de seguidores, reavivando a fé cristã. Depois, foi a vez
da Suíça, onde deixou o discípulo Gallo, agora santo, o qual fundaria, mais
tarde, um célebre mosteiro que perpetua o seu nome.
Finalmente, chegou na
Itália, onde a fama de sua sabedoria e santidade já era conhecida. Atuou como
conselheiro do rei dos longobardos, mas indispos-se com ele por causa da sua
oposição aos hereges arianos. Foi para as montanhas da Ligúria, entre Gênova e
Pávia, onde ergueu a igreja e o Mosteiro de Bobbio, que tantos frutos daria ao
catolicismo no futuro. Nele, o abade Columbano morreu no dia 23 de novembro de
615. E essa é a data da festa para a sua celebração.
Com informações Paulinas On line
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