Favela da Rocinha - foto Antonio Scorza |
Uma
semana após ocupação policial da favela da Rocinha, o clima é de tranquilidade
no local, segundo relato feito ao Jornal O POVO por cearenses que moram no local. O
mais notável deles é o presidente da Associação de Moradores da Rocinha,
Leonardo Rodrigues, natural de Ipu, interior do Ceará, e que mora há 32 anos na
comunidade carioca.
Leonardo
Rodrigues diz que os cearenses são maioria entre os nordestinos que moram na
Rocinha. A expectativa dele, agora, é que depois da ocupação pelas forças
policiais, que aconteceu pacificamente, apareçam melhorias e o poder público se
faça mais presente.
Atualmente
comerciante e com 14 anos de trabalho comunitário, ele diz que no momento da
ocupação não pensou em sair da Rocinha. “Todos os dias saio para a rua e começo
a ajudar as pessoas. Meu trabalho é voltado para essa comunidade. Não posso
abandonar meu povo”.
A
Rocinha segue ocupada pelos policiais militares do Rio de Janeiro. Apesar da
presença ostensiva dos agentes, ainda em busca de traficantes, os moradores
estão tranquilos. É o que afirma Leonardo. “Ainda é cedo para fazer uma
avaliação, mas vejo o clima na comunidade como tranquilo”.
Ele
conta que após a captura do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, os
moradores ficaram sabendo da ocupação policial. “Ficamos aguardado. A gente
rezou e pediu que não tivesse uma gota de sangue derramado nesse solo e, quando
isso aconteceu, foi um momento de felicidade”, afirma.
Esperança
Outro
cearense, José Martins de Oliveira, 65, agente social, saiu de Hidrolândia
pensando em passar dois meses no Rio de Janeiro. Mas quando conheceu a Rocinha,
decidiu ficar. Morador há 45 anos, Martins diz gostar da comunidade: “A Rocinha
sempre foi um lugar bom de morar”.
O
agente social acredita que as políticas públicas são necessárias. “Antes o
governo dizia que não podia entrar aqui, porque os traficantes não deixavam,
mas agora não tem mais desculpa. Esperamos políticas públicas voltadas para
saúde, educação e saneamento básico”.
O
comerciante José Damásio, 54, também cearense, conta que no dia da ocupação
teve que baixar as portas, mas a ação dos policiais foi calma. Ele acredita que
o momento agora é de progresso: “Eu vejo as coisas ficarem melhores. A
oportunidade é de crescimento para nós”.
Com informações O povo Online
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