São Pedro de Alcântara 1499-1562 |
Em 1499, na Espanha, quase
divisa com Portugal, na vila de Extremadura de Alcântara, nasceu o filho do
governador Pedro Garabido e de sua esposa, Maria Villela de Sanabria. O menino
herdou o nome do pai, mas na infância ganhou dos amiguinhos o apelido de
"santo", por sua modéstia e simplicidade. Depois, na Universidade de
Salamanca, além de destacar-se por sua inteligência e pela aplicação nos
estudos, evidenciou-se pelo estilo de vida, monástica, comparada à dos alegres
colegas de turma. Pedro freqüentava, diariamente, a igreja e não ficava um dia
sequer sem ajudar os pobres.
Enquanto sonhava com a
consagração religiosa, o pai desejava que o filho fosse o seu sucessor. Em vão. Aos dezesseis anos
de idade, Pedro solicitou admissão na Ordem Primeira dos Frades Menores de São
Francisco de Assis. E aos vinte já era o superior no Convento de Badajoz,
tornando-se conhecido pelo dom do conselho. A sua fama de pregador e confessor
ganhou, rápido, destaque em toda a Igreja.
Nesse período, as suas
penitências eram tão severas que chamou a atenção dos demais monges e até dos
superiores. Nada tinha a não ser um hábito muito velho, um breviário, um
simples crucifixo de madeira e um bastão. Andava descalço e sem chapéu. Jejuava
a cada três dias e quando se alimentava ingeria apenas pão, água e legumes,
tudo quantidade mínima. Dormia apenas duas horas por noite, sentado. Não
bastasse tudo isso, no inverno deixava a janela aberta durante toda a noite.
Eleito provincial da
Ordem, visitou todos os conventos: mesmo nessa situação percorria as distâncias
com os pés descalços e a cabeça descoberta. Em todos eles, as Regras primitivas
da Ordem de são Francisco - de pobreza e caridade absolutas - foram
restabelecidas. Sua reforma ultrapassou as fronteiras da Espanha e atingiu até
mesmo o convento de Arariba, em Portugal, para onde viajou. Lá, atraiu tantos
novos noviços que foi necessário construir um outro Convento para abrigar a
todos. De tal modo que o papa Paulo IV autorizou a reforma para outros da
província franciscana, alcançando mais de trinta conventos de diversos países.
Na sua época, Pedro de
Alcântara conviveu com vários santos e foi o orientador de alguns deles, como:
Luiz de Granada, João de Ávila, Francisco Bórgia e Teresa d'Ávila, carmelita e
grande reformadora da sua Ordem, de quem foi também confessor e diretor
espiritual.
Com fama de santidade,
realizou vários prodígios em
vida. Aos sessenta e três anos de idade e gravemente enfermo,
predisse o dia de sua morte: 18 de outubro de 1562, e de fato foi assim.
Como legado, deixou-nos
algumas obras escritas, onde narrou, com riqueza de detalhes, a sua experiência
ascética, baseada, sobretudo, na devoção para com a Paixão de Cristo.
Canonizado pelo papa Clemente IX em 1669, são Pedro de Alcântara é comemorado
em 19 de outubro, um dia após a data de sua morte.
Com informações Paulinas On line
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