São Narciso Seculo I e II |
Os registros da Igreja
revelam que na diocese de Jerusalém houve um bispo que foi eleito com quase cem
anos de idade. E que ele teria morrido com mais de cento e dezesseis anos. Um
fato raro na história da Igreja Católica.
Trata-se de Narciso, que
não era judeu e teria nascido no ano 96. A lembrança que se guardou dele é a de um
homem austero, penitente, humilde, simples e puro. Também que, desde a
infância, demonstrando apego à religião, esperou a idade necessária para
tornar-se sacerdote.
Fez um trabalho tão
admirável, amando os pobres e doentes, que a população logo o quis para
conduzir a paróquia de São Tiago. Como bispo, a idade não pesou, governou com
firmeza em um longo período marcado por atuações importantes e vários milagres.
Presidiu o Concilio em que se decidiu que a Páscoa devia cair no domingo.
Conta-se que foi também na véspera de uma festa de Páscoa que Narciso
transformou água em azeite para acender as lamparinas da igreja que estavam
secas.
Entretanto um fato marcou
tragicamente a vida de Narciso. Ele foi caluniado, sob juramento, por três
homens. Um deles disse que podia ser queimado vivo se estivesse mentindo. O
outro, que podia ser coberto pela lepra se a acusação não fosse verdadeira. Já
o terceiro empenhou a própria visão no que dizia.
Embora perdoasse seus
detratores, o inocente bispo preferiu retirar-se para o isolamento em um
deserto. Mas não tardou para que os caluniadores recebessem seu castigo. Um
morreu num incêndio, no qual pereceu também toda sua família. O outro ficou
leproso e o terceiro chorou tanto em público, arrependido do crime cometido,
que ficou cego.
O bispo Narciso não foi
encontrado para reassumir seu cargo e todos pensaram que tinha morrido. Assim,
dois outros bispos o sucederam. Quando o segundo morreu, Narciso reapareceu na
cidade. O povo o acolheu com aclamação e ele foi recolocado para liderar a
diocese novamente.
A última notícia que temos
desse bispo de Jerusalém está numa carta escrita por santo Alexandre, na qual
cita que o longevo bispo Narciso tinha completado cento e dezesseis anos, e,
como ele, exortava para que a concórdia fosse mantida.
Com informações Paulinas On line
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