Santo Hilarião 291-372 |
Nos primeiros séculos da
história cristã, não havia conventos na Palestina, até a chegada de Hilarião.
Filho de pagãos, nasceu no ano 291, em Tebata, na Palestina. Na idade adequada,
foi enviado para estudar na Alexandria, no Egito. Lá, teve influência de
Áquila, fez muitos contatos com cristãos, estudou a religião e converteu-se ao
cristianismo.
Tornou-se um verdadeiro
cristão. Vivia em oração e nas mais duras penitências, desejando purificar-se
para alcançar a santidade. Decepcionado com a futilidade de vida urbana de
Alexandria, foi para o deserto de Tebaida, onde se juntou à comunidade do monge
Antão, famoso pela extraordinária experiência de vida santa no deserto. Com ele
aprendeu a base da vida eremítica: orações contemplativas, duras mortificações
e severas penitências, para comungar com Deus, purificar-se e, assim, alcançar
a santidade.
Aos poucos, contudo, foi
se cansando com a grande movimentação de pessoas que buscavam os conselhos e
orientação de santo Antão. Até que decidiu abandonar a comunidade e ir para sua
terra natal. Lá, em seguida, com muita tristeza no coração, assistiu à morte
dos seus pais. Dividiu sua parte da herança com os irmãos e os pobres e
entregou-se nas mãos da Divina Providência, retirando-se para o deserto de
Maiuma, não muito distante. Sua permanência mudou o panorama da Igreja na
Palestina.
As penitências de Hilarião
e sua extrema fé no Senhor começaram a operar prodígios. Curou muitos doentes
com uma simples oração e o sinal da cruz. Converteu milhares de pessoas através
de seus sermões. Mas para seu desgosto viu sua fama ganhar o mundo. De repente,
deu-se conta de que à sua volta estavam cerca de três mil pessoas ansiosas em
seguir seu modo radical de vida dedicada a Deus. Não teve alternativa senão
construir vários mosteiros para abrigar todos esses discípulos. Por esse motivo
é considerado padroeiro dos monges locais.
Novamente, a grande
movimentação de pessoas, agora à sua procura, o fez buscar a solidão, vital
para Hilarião, que por ela entrava em comunhão com Deus. Voltou para o Egito.
Mas a fama de santidade nunca mais o abandonou. Era o abade que atraía leigos e
religiosos, pobres e ricos, onde quer que estivesse, e que procurava o local
ideal para viver sua espiritualidade. Então, foi para o Ocidente, na Sicília.
De lá partiu para a Dalmácia e depois para Chipre, onde se encontrou com outro
importante monge e padre do deserto, santo Epifânio.
Assim, Hilarião, após as
longas jornadas, esquivando-se da fama, encontrou a paz e a solidão quando
passou a habitar uma gruta da pequena ilha de Pafo, Chipre. Já idoso, lá viveu
a plenitude de sua vida de religioso.
Morreu aos oitenta anos,
em 372. O seu corpo, entregue ao discípulo Eusébio, foi trasladado para o
Mosteiro de Maiuma. São Jerônimo narrou a historia de sua vida. Santo Hilarião
é festejado no dia 21 de outubro tanto na Igreja ocidental como na oriental.
Com informações Paulinas On line
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