Santo Alexandre Sauli 1534-1592 |
A família Sauli fazia
parte da nobre Corte de Gênova, muito ligada à Igreja. Nela, havia inúmeras
figuras de destaque e influência na política, ricas e poderosas, tendo tradição
de senadores e administradores para aquela costa marítima tão importante da
Itália.
No seio deles nasceu
Alexandre, no dia 15 de fevereiro de 1534, em Milão. No batizado, sua
mãe o consagrou à Virgem Maria. Desde a tenra idade queria seguir a vida
religiosa. E na adolescência ele dispensou uma brilhante carreira na Corte do
rei Carlos V, conhecido como o senhor da Europa e da América, para seguir sua
vocação.
Aos dezessete anos de
idade, entrou no Colégio do Clero Regular de São Paulo, da igreja milanesa de
São Barnabé, tradicionalmente freqüentada por sua família. Lá, entregou-se por
completo à obediência das regras da vida comum com severas tarefas religiosas.
Abandonou tudo o que possuía, tornando-se um verdadeiro seguidor de Cristo.
Ordenado sacerdote,
Alexandre Sauli exerceu o ministério como professor de noviços e formador de
padres barnabitas. Depois, foi nomeado pelo arcebispo de Milão, Carlos
Borromeo, agora santo, teólogo e decano da Faculdade Teológica de Pávia. Em
1565, aos trinta e um anos de idade, foi eleito superior-geral da Ordem,
empenhando-se para manter vivo o espírito original do fundador. Considerado por
seu dom de conselho, tornou-se o confessor do próprio são Carlos Borromeo, e
orientador espiritual de muitas pessoas ilustres do seu tempo, tanto religiosos
como leigos.
Em 1567, foi nomeado bispo
de Aléria, na ilha de Córsega, França. Recebeu, entretanto, uma diocese
decadente e abandonada, sem clero capacitado, sem locais de culto decente, com
um rebanho perdido nas trevas da ignorância e da superstição. Trabalhou duro
durante vinte e um anos. Conseguiu reformar o clero, sendo o professor e o
exemplo da vida cristã para todas as classes sociais, eliminando divergências e
ódios entre as várias famílias dominantes.
Transformou a diocese num
modelo de devoção apostólica e de organização, sendo estimado e amado por
todos, ricos e pobres.
Mas Alexandre teve de
deixar a Córsega quando foi nomeado bispo de Pávia pelo papa Gregório XIV, de
quem fora diretor espiritual e confessor. Na época, Alexandre não tinha boas
condições físicas devido ao seu incansável trabalho e à vida dura de privações,
penitências e mortificações a que ele sempre se submetera. Mesmo assim, iniciou
a visita pastoral de sua nova diocese, sem nem sequer pensar em abandonar a
cruz de sua missão.
No dia 11 de outubro de
1592, ele estava em visita na cidade de Calosso d'Asti. Era um doce entardecer
de outono. Estando na rica propriedade do senhor do local, aceitou sua oferta
de hospitalidade. Mas não ficou em nenhum dos luxuosos salões, preferiu estar
entre os trabalhadores que se acomodavam nas estrebarias dos animais, onde
adormeceu e não mais acordou.
Seu corpo foi transferido
e sepultado na Catedral de Pávia, Itália. Em 1904, o papa Pio X o canonizou
como santo Alexandre Sauli, "Apóstolo da Córsega". Venerado como
padroeiro da ilha de Córsega, sua festa litúrgica, que ocorre no dia de sua
morte, mantém-se muito viva e vigorosa.
Com informações Paulinas On line
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