Raimundo Neto, 6 anos, usa internet, com supervisão dos pais, para jogos, videos no YouTube e fotos no Orkut - foto Savio Soares |
Este
é o maior diferencial da edição 2011 da pesquisa. Nenhum levantamento do gênero
realizado anteriormente no Brasil estudou a questão da mediação, ou seja, como
a criança é assessorada no uso da Internet.
“A
pesquisa mostrou que 21% dos pais ou responsáveis não controlam nem restringem
o uso da Internet por essas crianças. Isso nos gera uma inquietação”, comenta
Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br., em entrevista ao O POVO. “Quando você
olha essas mesmas estratégias de mediação por pais que não usam Internet fica
ainda mais preocupante, 35% desses pais não controlam nem restringem o que seus
filhos fazem na web”.
Outros
dados levantados pela pesquisa justificam a inquietação apontada por Alexandre
Barbosa. Vinte e cinco por cento das crianças entrevistadas já sentiram medo ou
perigo enquanto navegavam pela Internet (veja gráficos na página ao lado). No
mesmo questionário sobre “percepção de riscos online”, 12% das crianças nessa
faixa etária afirmaram já ter conhecido alguém pela Internet e 11% disseram já
ter enviado fotos suas pela rede mundial de computadores.
“Também
perguntamos às crianças se alguém já tinha feito brincadeiras ou piadas com
elas pela Internet que elas não tinham gostado, para medir a ocorrência de
bullying, e 6% responderam que sim”, acrescenta Alexandre Barbosa.
O
levantamento do Cetic.br adotou três variáveis em relação aos pais ou
responsáveis para investigar a mediação das crianças na Internet: classe
social, nível de escolaridade e ser internauta ou não.
A
conclusão que o estudo aponta é que quanto mais elevada a classe social, quanto
maior o nível de escolaridade e quanto mais conhecimento da Internet maior é a
mediação do uso da web pelas crianças.
“Nas
classes D e E, esse controle da Internet é menor, assim como entre os que têm
menos formação e conhecimento da Internet. O que podemos entender é que o
cuidado aumenta à medida em que o pai ou responsável tem mais consciência dos
riscos a que a criança está exposta”, analisa Alexandre.
É
justamente por temer estes riscos do mundo virtual que a Professora Micirlandia Soares aperta o cerco quando seu filho Raimundo Neto, 6 anos de idade, acessa a Internet.
E
olhe que isso só acontece nos finais de semana. E sempre com a
mãe monitorando todo o tempo que ele passa conectado. “A única coisa que eu
acesso são os jogos, os vídeos e o Orkut e ainda é com pai ou mãe do lado”, diz Neto.
Com informações O Povo Online
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