Grupo de Evangélicos em caminhada do candidato Delvamberto - foto Heloisa Bitu |
Devido
ao pequeno porte de nosso município, é difícil encontrar pessoas que não se
envolvam nestes movimentos, até devido a cultura local, no que diz respeito a
política.
E
em meio a tudo isso, estamos nós os “crentes”, participando de movimentos,
apoiando candidatos, e sendo apontados por terceiros, com algo do tipo “Não é
crente? O que ta fazendo ali?”, “Crente nada, olha o jeito!”, ou então, “Vixe!
Olha só o ‘irmão’ ali!”. E nas Igrejas, o que se vê é: “O irmão fulano é
pé-de-boi!”, ou, “o irmão cicrano é tucano!”, ou até, irmãos olhando torto uns
para os outros. Esse tipo de comportamento é reflexo da cultura local.
A
intenção deste artigo, não é apontar, mas sim exortar, tentar buscar à luz das
escrituras como nós cristãos temos que nos comportar e nos fazer refletir sobre
nossas práticas acerca da cultura política local, afinal se nos chamamos luz do
mundo, temos iluminado? Se nos chamamos sal da terra temos salgado? Ou nos
tornamos insípidos? E mais, enquanto altaneirenses (não sou de nascimento, mas
me considero de coração!), de uma maneira geral, evangélicos ou não, a cultura
política, na qual estamos inseridos e cultivando será a vontade de Deus para
esta terra?
A
principio, ao se tratando de evangélicos inseridos no movimento político, a bíblia não fala algo especifico
sobre isso, até porque o regime democrático no qual estamos inseridos, não
fazia parte da cultura israelita, que no Antigo Testamento foram governados a
principio, por Juízes e posteriormente
por Reis ambos indicados por Deus e não pelo povo, e no Novo testamento,
Israel estava sob o domínio do Império Romano, portanto, os governadores eram
nomeados pelo Império Romano. No que diz respeito aos dias atuais, nós
evangélicos, devemos sim nos inserir em tais movimentos, afinal, somos cidadãos
altaneirenses e devemos através de nosso voto, escolhermos nosso representante,
por isso, criticas como as citadas anteriormente, são infundadas e carregadas
de preconceito religioso e questões partidárias.
Em
contrapartida, a única ressalva que faço nesse sentido, é que há muitos de nós
evangélicos, nos “contaminando” com a cultura política local, e nos esquecendo
dos padrões estabelecidos por Deus na bíblia, ou seja, deixando de fazer a obra
e a vontade de Deus para fazer a nossa vontade, por exemplo, faltando aos cultos,
não evangelizando, julgando e fazendo acepção de pessoas por causa de partidos
políticos, adorando a criatura ao invés do criador. A bíblia nos fala em Mateus
6:33 “ Mas, buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua Justiça, e todas estas
coisas vos serão acrescentadas.” Mas não é isso que muitas vezes temos feito,
em 2Timóteo 2:4 diz: “Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a
fim de agradar aquele que o alistou para a guerra.”, será que estamos colocando
as coisas de Deus em primeiro lugar? E estamos agradando quem nos alistou?
A Bíblia diz mais em I Co 6:12 “Todas as coisas me
são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas,
mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.” , dessa forma, não devemos nos
deixar dominar por esse momento, nos esquecendo da vontade do Pai!
Portanto,
que nós Evangélicos nos tornemos de fato mais atuantes no que diz respeito à
política local, mas sem deixarmos de lado as coisas do Senhor, “Ai de vocês,
mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês dão o dízimo da hortelã, do endro
e do cominho, mas têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a
justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vocês devem praticar estas coisas, sem
omitir aquelas.” Mateus 23:23
Somente
agindo segundo a Palavra de Deus, agradaremos ao Senhor e faremos uma Altaneira
melhor, e somente nos livrando da atual cultura política, transformaremos em
realidade o que diz o versículo primeiro do Salmo 133: “quão bom e quão suave é
que os irmãos vivam em união”. Deus
abençoe a todos.
Vinicius Freire é servidor municipal e Obreiro da Igreja da Graça de Altaneira
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