São Nicolau Tolentino 1245-1305 |
A prodigiosa notícia que
temos de são Nicolau de Tolentino diz que, quarenta anos após sua morte, seu
corpo foi encontrado ainda em total estado de conservação. Na ocasião, durante
os exames, começou a jorrar sangue dos seus braços, para o espanto de todos.
Mesmo depois de muitos anos, os ferimentos sangravam de tempos em tempos. Esse milagre
a ele atribuído fez crescer sua fama de santidade por toda a Europa e
propagou-se por todo o mundo católico.
Apesar de ter nascido na
cidade de Castelo de Santo Ângelo, no ano de 1245, foi do povoado de Tolentino
que recebeu o apelido acrescentado ao seu nome. Naquela cidade viveu grande
parte da sua vida. Desde os sete anos de idade, suas preocupações eram as orações,
o jejum e uma enorme compaixão pelos menos favorecidos. Nisso se resumiu sua
vida: penitência, amor e dedicação aos pobres, aliados a uma fé incondicional em Nosso Senhor e na
Virgem Maria. Aos quatorze anos, foi viver na comunidade dos agostinianos de Castelo
de Santo Ângelo, como oblato, isto é, sem fazer os votos perpétuos, mas
obedecendo às Regras. Mais tarde, ingressou na Ordem e, no ano de 1274, foi
ordenado sacerdote.
Nicolau possuía carisma e
dons especiais. Sua pregação era alegre e consoladora na Providência divina, o
que tornava seus sermões empolgantes. Tinha um grande poder de persuasão, pelo
seu modo simples e humilde de viver e praticar a fé, sempre na oração e na
penitência, cheio de alegria em
Cristo. Com seu exemplo, levava os fiéis a praticar a
penitência, a visitar os doentes e encarcerados e a dar assistência aos pobres.
Essa mobilização de pessoas em torno do ideal de levar consolo e a Palavra de
Deus aos necessitados dava-lhe grande satisfação e alegria.
Em 1275, devido à saúde debilitada,
foi para o Convento de Tolentino, onde se fixou definitivamente. Lá, veio a
tornar-se um dos apóstolos do confessionário mais significativos da Igreja.
Passava horas repleto de compaixão para com todas as misérias humanas. A fama
de seus conselhos e de sua santidade trazia para a paróquia fiéis de todas as
regiões ansiosos pelo seu consolo e absolvição. A incondicional obediência, o
desapego aos bens materiais, a humildade e a modéstia foram as constantes de
sua vida, sendo amado e respeitado por seus irmãos da Ordem.
No dia 10 de setembro de
1305, ele fez sua última prece e entregou seu espírito nas mãos do Senhor antes
de completar sessenta anos de idade. Foi enterrado na sepultura da capela onde
se tornara célebre confessor e celebrava suas missas. O local tornou-se meta de
peregrinação e os milagres atribuídos a ele não cessaram de ocorrer, atingindo
os nossos dias. No ano de 1446, são Nicolau de Tolentino foi finalmente
canonizado pelo papa Eugênio IV, cuja festa foi mantida para o dia de sua morte.
Com informações Paulinas On line
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