São Lourenço Justiniano 1381-1455 |
Filho da nobre família
Justiniano, Lourenço nasceu em Veneza, no dia 1º de julho de 1380. Desde cedo,
já manifestava seu repúdio ao orgulho, à ganância e à corrupção que havia em
sua terra natal. Na adolescência, teve uma visão da Sabedoria Eterna e decidiu
dedicar-se à vida religiosa.
Sua única ambição era amar
e servir a Deus. Procurando o aprimoramento espiritual, tornou-se um mendigo em
sua cidade, chegando a esmolar na porta da casa de seus próprios pais. A
vanguardista Veneza do século XV era um efervescente laboratório de reforma
católica, destinado a produzir frutos preciosos. Um deles foi Lourenço
Justiniano.
Aos dezenove anos de idade
ele era considerado um modelo de virtude, austeridade e humildade. Em 1404, já
diácono, uniu-se a outros sacerdotes e ingressou no Mosteiro de São Jorge, em
Alga, para viver em comunidade com eles, depois reconhecidos como
"Companhia dos Cônegos Seculares", pioneiros do esforço reformador.
Tornou-se sacerdote em 1407 e dois anos depois foi eleito superior da
Comunidade de São Jorge, em Alga.
Não era um bom orador, em
contrapartida tornava sua pregação eficiente com sua dedicação ao mistério do
confessionário, seu exemplo de humilde mendicante e seu trabalho de escritor
incansável. Sua obra inclui livros para doutores e leigos, incluindo tratados
teológicos e simples manuais de catequese. Os seus escritos trazem a matriz da
idéia da "Sabedoria Eterna", eixo da sua mística, tanto para a
perfeição interior como para a retidão da vida episcopal.
A contragosto, em 1433,
foi consagrado bispo de Castelo, uma pequena diocese. Em 1451, o papa Nicolau V
extinguiu essa diocese e consagrou Lourenço Justiniano primeiro patriarca de
Veneza. Nessas administrações, deixou sua marca singular impressa com suas
virtudes, sendo considerado um homem sábio, piedoso e caridoso, principalmente
com os mais pecadores. Nesses cargos ergueu mais de quinze conventos e muitas
igrejas, aumentando, assim, seu já enorme rebanho. Tornou-se um exemplo de
pastor, amado por todos os fiéis, que obedeciam à sua pregação e ao seu exemplo
no seguimento de Cristo.
Rodeado por seus amigos do
clero em seu leito de morte, no dia 8 de janeiro de 1456, Lourenço Justiniano
deixou, como mensagem aos cristãos, observar os mandamentos da lei de Deus.
Depois de sua morte, muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão, por
isso foi canonizado, no ano de 1690, pelo papa Alexandre VIII. Sua festa foi
indicada para ser celebrada no dia 5 de setembro.
Com informações Paulinas On line
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