Assembléia dos professores em Fortaleza mantém greve - foto Sara Maia |
Apesar
de já acumularem dívida de R$ 60 mil com o Governo do Estado, em decorrência da
decretação da ilegalidade da greve dos professores da rede pública estadual de
ensino pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE), docentes do Estado decidiram,
ontem, em assembleia geral, continuar a paralisação.
Munidos
de bandeiras e cartazes com frases de apoio à continuação da greve e com
críticas diretas ao governador Cid Gomes (PSB), professores avaliaram que o
momento é de fortalecer o movimento. “Nós conseguimos avançar muito nessa
semana, principalmente com o nosso ato no dia 7 de setembro”, frisaram
professores de Fortaleza, da Região Metropolitana e da Região do Cariri.
Mesmo
com a continuidade da greve, por medo de demissão, vários professores
temporários, que não têm estabilidade nos cargos, já estão voltando às
atividades. A palavra de ordem em algumas escolas na Capital e no interior do
Estado, segundo O POVO apurou na Assembleia, também é de que os professores
voltem às salas de aula.
Receosos
de que o movimento seja enfraquecido pela volta, mesmo que parcial, de alguns
docentes às escolas, o comando de greve solicitou durante a Assembleia que a
categoria “continue na luta”.
Por
meio de nota, a Secretaria de Educação do Estado (Seduc) informou que, desde o
primeiro momento, a posição do Governo foi de retomar as negociações, mas que
há “intransigência” por parte da categoria. “A Seduc vai tomar as medidas que a
Justiça determina e cumprirá a ordem judicial”, enfatizou a nota.
De
acordo com o assessor jurídico do Sindicato dos Professores do Estado do Ceará
(Apeoc), Ítalo Bezerra, ao final da greve, há expectativa de que a dívida seja
negociada com o Governo do Estado. “Pode ser feito um acordo político com o
governador para retirar a multa”, ponderou.
Com informações O Povo Online
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