Eduardo Diogo da Secretaria de Planejamento e Flávio Ataliba do IPECE anunciam os números do PIB |
Mais
uma vez o setor de serviços manteve o crescimento positivo da economia
cearense. Mas desta vez foi o setor agropecuário, e não a indústria, que ajudou
a fechar o balanço no azul. O Produto Interno Bruto (PIB) do estado, no segundo
trimestre de 2011 (abril/maio/junho), cresceu 4,42% em comparação ao mesmo
período em 2010. No acumulado dos seis primeiros meses do ano, o índice
registrado também chegou a 4,42%. Com isso, o Ceará superou os 3,6% do
resultado brasileiro.
O
setor agropecuário, que representa apenas 7,6% do PIB estadual, registrou um
crescimento de 55,5% no segundo trimestre de 2011. Segundo Heloísa Bezerra,
analista do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), este
crescimento excepcional foi motivado pela boa fase pela qual passa a
agricultura no Ceará este ano. “O ano de 2010 foi péssimo para a agricultura
cearense. Este ano, a safra de grãos (arroz, feijão e milho, que representam
mais de 90% dos grãos produzidos no estado) e de castanha de caju será
recorde”, afirma.
“O
desempenho do setor agropecuário foi estimulado pelas boas chuvas registradas
no período”, afirma o professor e economista Flávio Ataliba, diretor geral do
Instituto de Pesquisa.
O
setor de serviços - que corresponde a 69,33% do Produto Interno Bruto (PIB)
estadual – teve uma alta de 3,93% com relação ao segundo trimestre de 2010,
quando o percentual obtido chegou a 6,84%. Isso foi causado pela desaceleração
no ritmo do consumo. “Apesar da taxa de crescimento do setor de serviços ser
menor do que a do ano passado, o setor”, segundo Ataliba, “continua sendo o que
mais contribuiu para o crescimento do PIB cearense”. Em serviços estão inclusas
as atividades de comércio, alojamento e alimentação, transporte, administração
pública, aluguéis, instituições financeiras, serviços domésticos e de
comunicação.
Já
a indústria – que representa 23,61% do PIB cearense - experimentou um
decréscimo de 1%, considerando o Valor Adicionado (quando ao PIB são
adicionados os impostos), sobre igual período em 2010. O resultado revela uma
desaceleração na atividade industrial cearense, enquanto que o Brasil já conseguiu
resultados mais positivos, registrando variação de 1,7% no segundo trimestre
deste ano. “O cenário é adverso para a indústria cearense. Praticamente todos
os elementos da produção industrial caíram e as condições para a indústria de
transformação ainda são precárias”, afirma o diretor do Ipece.
No
primeiro semestre de 2011, o PIB cearense (a preço de mercado) registrou
crescimento de 4,42%. Em termos de Valor Adicionado a preços básicos, a
economia cearense cresceu 5,03% sobre igual período de 2010. Na mesma
comparação, o Brasil cresceu 3,20% em relação ao ano anterior.
Com informações O Povo Online
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