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24 de agosto de 2011

Fortaleza é a 2ª capital mais católica do País

Caminhada com Maria reuniu milhares de fieis
no último dia 15 – foto Gabriel Gonçalves
Na casa da família Vidal, pai, mãe e os quatro filhos são católicos. Aos domingos, esposa, marido e filha participam da missa. “É pra gente viver mais feliz. Porque, quem não tem Deus no coração, não tem nenhum objetivo na vida. A fé ajuda a superar todos os problemas”, diz a secretária Maria do Carmo, 53. Ela age como outros milhares numa Fortaleza que é a segunda capital mais católica do País.

Pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta 74.25% da população da Capital como católica. O Estado acompanha a estatística, com 81.08%. O levantamento apresenta um dado inédito sobre o retrato das religiões no Brasil. Cerca de 215 mil pessoas de todas as regiões do País foram entrevistadas.

De acordo com o coordenador da pesquisa, Marcelo Neri, mesmo o Ceará passando por crescimento econômico, os fiéis não têm passado por grandes transições na religião. “O Ceará acaba indo fora da curva nacional. O número de católicos ainda é muito alto, embora também tenha sofrido uma queda”, pontua. Em 1991, eram 93.21% católicos no Ceará. Em 2000, caiu para 86.71%.

A diferença é que, em Fortaleza e no Ceará, a transição foi direcionada apenas ao segmento evangélico pentecostal. Enquanto que, na média nacional, a transição se direcionou às variadas religiões. “A tradição cultural pode ser uma das justificativas para a pouca mudança no cenário religioso da região”, considera Marcelo Neri.

Na opinião do pároco da Catedral Metropolita de Fortaleza, padre Clairton Alexandrino, a pesquisa não reflete a realidade do catolicismo na Capital. Ele cita a última edição da Caminhada com Maria, realizada no último dia 15, para defender que o número de católicos é bem maior. De acordo com a organização, o evento reuniu cerca de 1.8 milhão de pessoas.

O religioso diz, ainda, que as mais de 100 paróquias ligadas à diocese a qual ele comanda estão sempre lotadas, especialmente aos domingos - quando cada uma realiza até quatro celebrações.

“Graças a Deus, não está havendo essa deserção de que tanto falam. O povo que nasceu à sombra de Jesus Cristo permanece fiel à igreja criada por Ele. Mas o ideal mesmo seria que superássemos essas divisões (entre católicos e protestantes). Esse foi um desejo de Jesus. Se repararmos, há mais pontos que nos unem do que nos separam”, sentencia Alexandrino.


Com informações O Povo Online

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