Caminhada com Maria reuniu milhares de fieis no último dia 15 – foto Gabriel Gonçalves |
Na
casa da família Vidal, pai, mãe e os quatro filhos são católicos. Aos domingos,
esposa, marido e filha participam da missa. “É pra gente viver mais feliz.
Porque, quem não tem Deus no coração, não tem nenhum objetivo na vida. A fé
ajuda a superar todos os problemas”, diz a secretária Maria do Carmo, 53. Ela
age como outros milhares numa Fortaleza que é a segunda capital mais católica
do País.
Pesquisa
realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta 74.25% da população da
Capital como católica. O Estado acompanha a estatística, com 81.08%. O
levantamento apresenta um dado inédito sobre o retrato das religiões no Brasil.
Cerca de 215 mil pessoas de todas as regiões do País foram entrevistadas.
De
acordo com o coordenador da pesquisa, Marcelo Neri, mesmo o Ceará passando por
crescimento econômico, os fiéis não têm passado por grandes transições na
religião. “O Ceará acaba indo fora da curva nacional. O número de católicos
ainda é muito alto, embora também tenha sofrido uma queda”, pontua. Em 1991, eram
93.21% católicos no Ceará. Em 2000, caiu para 86.71%.
A
diferença é que, em Fortaleza e no Ceará, a transição foi direcionada apenas ao
segmento evangélico pentecostal. Enquanto que, na média nacional, a transição
se direcionou às variadas religiões. “A tradição cultural pode ser uma das
justificativas para a pouca mudança no cenário religioso da região”, considera
Marcelo Neri.
Na
opinião do pároco da Catedral Metropolita de Fortaleza, padre Clairton
Alexandrino, a pesquisa não reflete a realidade do catolicismo na Capital. Ele
cita a última edição da Caminhada com Maria, realizada no último dia 15, para
defender que o número de católicos é bem maior. De acordo com a organização, o
evento reuniu cerca de 1.8 milhão de pessoas.
O
religioso diz, ainda, que as mais de 100 paróquias ligadas à diocese a qual ele
comanda estão sempre lotadas, especialmente aos domingos - quando cada uma
realiza até quatro celebrações.
“Graças
a Deus, não está havendo essa deserção de que tanto falam. O povo que nasceu à
sombra de Jesus Cristo permanece fiel à igreja criada por Ele. Mas o ideal
mesmo seria que superássemos essas divisões (entre católicos e protestantes).
Esse foi um desejo de Jesus. Se repararmos, há mais pontos que nos unem do que
nos separam”, sentencia Alexandrino.
Com informações O Povo Online
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