A
Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (ATEA) é uma entidade brasileira
sem fins lucrativos localizada em São Paulo, que se dedica a desenvolver
atividades que busquem promover o ateísmo, o agnosticismo e a laicidade do
Estado. A associação foi criada em 31 de agosto de 2008 por Daniel Sottomaior,
Alfredo Spínola e Mauricio Palazzuoli, e declara não possuir cunho político ou
partidário.
A
ATEA tem realizado diversas atividades para lutar contra o preconceito e a
discriminação contra os ateus. Em relação ao ativismo judiciário, a ATEA já
realizou dezenas de representações no Ministério Público em mais de onze
estados brasileiros, além de três grandes processos.
Estes
três processos foram contra as manifestações preconceituosas manifestadas
contra os ateus na Rede Bandeirantes no programa dos jornalistas José Luiz
Datena e Marcio Campos, o patrocínio a evento religioso com dinheiro público
por parte da prefeitura de São Paulo e a Igreja Internacional da Graça de Deus.
Além destas ações, a associação tem se colocado contra o acordo assinado entre
o governo brasileiro e o Vaticano e defende a criação do dia do orgulho ateu.
Em
março de 2010, escreveu em direito de resposta uma nota no jornal Agora MS do
Mato Grosso do Sul criticando a afirmação do Pastor Mário Antônio da Silva por
ter citado o ateísmo como uma praga do mundo moderno.
Em
maio de 2010, a associação protestou contra a afirmação de José Serra
comparando o ateísmo ao tabagismo. A associação também organiza uma campanha
publicitária em ônibus da cidade de São Paulo com objetivo de combater o
preconceito contra o ateísmo.
Em
setembro de 2010, a associação ingressou com pedido judicial de indenização no
Fórum de Taubaté e no Tribunal de Justiça da Paraíba ao apresentador de
televisão José Luiz Datena e a Rede Bandeirantes. Na edição do programa Brasil
Urgente exibida em 27 de julho de 2010, Datena, após comentar dois casos
extremos de assassinatos brutais mostrados anteriormente, fez associações
consideradas preconceituosas entre criminalidade e descrença religiosa,
acusando "os que não acreditam em Deus" como responsáveis pela
degradação da sociedade.
Em
dezembro o Ministério Público Federal em São Paulo moveu ação em tribunal
pedindo uma retratação com duração mínima do dobro do tempo dos comentários.
No
mês passado (julho de 2011), a associação realizou na cidade de Porto Alegre a
primeira campanha publicitária ateísta do Brasil. A campanha foi veiculada
através de outdoors nas ruas. O mote da campanha foi a frase "Diga não ao
preconceito contra ateus", e os outdoors contavam com imagens e frases
polêmicas, com dizeres como "religião não define caráter", com a foto
de Charles Chaplin como ateu e Adolf Hitler como quem acredita em Deus, e
"A fé não dá respostas. Só impede perguntas".
A
exemplo de várias iniciativas que ocorreram no mundo, a Atea havia programado
uma versão brasileira da Atheist Bus Campaign, uma campanha através da
utilização de cartazes em ônibus urbanos em Salvador, Porto Alegre e São Paulo.
A
campanha foi barrada por empresas de ônibus de Salvador e São Paulo, as quais
alegaram que ela poderia violar leis de publicidades em espaços públicos.
Em
Porto Alegre, a campanha foi vetada pela Associação dos Transportadores de
Passageiros (ATP) municipal, no início de dezembro de 2010. A justificativa
dada pela ATP para barrar as veiculações foi de que a legislação municipal
proíbe manifestações religiosas, quando, na verdade, são vetadas publicidades
que estimulem a discriminação religiosa.
Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
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