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8 de julho de 2011

Santos do Dia: Santo Eugênio III


São Bernardo assim escrevia aos cardeais após a eleição de Eugênio III, monge de sua Ordem: “É filho delicado e sua modéstia está mais habituada ao retiro e à quietude que a tratar de coisas exteriores e é de supor-se que nem saiba cumprir seu apostolado com a necessária autoridade”. O temor que o manso pontífice (Pier Bernardo, nascido de nobre família em Montemagno, perto de Pisa, e que entrara na Ordem cisterciense após o encontro com são Bernardo em 1138) não estivesse à altura da situação era opinião de muitos. “Mas o Senhor — escreve o cardeal Bosone, seu contemporâneo e biógrafo — concedeu-lhe tamanha ciência e fluência, tanta liberalidade e força na administração da justiça que superou em atividade e fama muitos dos seus antecessores”.

Eugênio III dirigiu a Igreja oito anos e cinco meses (1145-1153) num período muito difícil. Após a eleição teve de fugir de noite de Roma para fazer-se coroar, a 18 de fevereiro, no mosteiro de Farfa, subtraindo-se assim às intimidações do povo, que, sublevado por agitadores como Arnaldo de Bréscia, reclamava para Roma as instituições municipais livres, com eleições diretas de senadores. Convidado por são Bernardo, levou a sério a reforma da Igreja e da Cúria Romana; desdobrou-se pela defesa da cristandade contra a ameaça dos turcos, promovendo uma cruzada; presidiu quatro Concílios (Paris, Tréveros, Reims e Cremona), promoveu os estudos eclesiásticos, defendeu a ortodoxia e ele mesmo soube conciliar a austeridade da vida monástica com as exigências da dignidade papal.

Por ocasião de sua morte, em Tívoli, o cardeal Hugo, bispo de Óstia, assim escrevia (18/7/1153): “Imaculado, emigrou da sua carne para Cristo”.

Muito pouco sabemos, por outro lado, da vida de santo Adriano III. O Liber Pontificalis diz-nos somente que era romano, filho de Bento, e que governou a Igreja por um ano somente, de 884 a 885. Os poucos dados biográficos referem-se à narração de sua morte, da sepultura e dos milagres operados. Os Anais de Fulda do ano de 885 contam a partida de Adriano III de Roma, sua morte e sepultura no mosteiro de Nonantola.

A viagem do pontífice era a resposta ao convite do sucessor de Carlos Magno, Carlos, o Gordo, que convidara Adriano III à dieta de Worms, pois a presença do papa haveria de sancionar a autoridade imperial do herdeiro do sacro império romano. Um particular interessante da personalidade deste santo é sua atitude conciliadora com o patriarca de Constantinopla, Fócio, ao qual comunicou a própria eleição.

 Com informações Paulinas On line


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