São Boaventura 1218-1274 |
Frei Boaventura era
italiano, nasceu no ano de 1218, na cidade de Bagnoregio, em Viterbo, e foi
batizado com o nome de João de Fidanza. O pai era um médico conceituado, mas,
como narrava o próprio Boaventura, foi curado de uma grave enfermidade ainda na
infância por intercessão de são Francisco.
Aos vinte anos de idade,
ingressou no convento franciscano, onde vestiu o hábito e tomou o nome de
Boaventura dois anos depois. Estudou filosofia e teologia na Universidade de
Paris, na qual, em 1253, foi designado para ser o catedrático da matéria.
Também foi contemporâneo de Tomás de Aquino, outro santo e doutor da Igreja, de
quem era amigo e companheiro.
Boaventura buscou a Ordem
Franciscana porque, com seu intelecto privilegiado, enxergou nela uma miniatura
da própria Igreja. Ambas nasceram contando somente com homens simples,
pescadores e camponeses. Somente depois é que se agregaram a elas os homens de
ciências e os de origem nobre. Quando frei Boaventura entrou para a Irmandade
de São Francisco de Assis, ela já estava estabelecida em Paris, Oxford,
Cambridge, Estrasburgo e muitas outras famosas universidades européias.
Essa nova situação
vivenciada pela Ordem fez com que Boaventura interviesse nas controvérsias que
surgiam com as ordens seculares. Opôs-se a todos os que atacavam as ordens
mendicantes, especialmente a dos franciscanos. Foi nesta defesa, como teólogo e
orador, que teve sua fama projetada em todo o meio eclesiástico.
Em 1257, pela cultura,
ciência e sabedoria que possuía, aliadas às virtudes cristãs, foi eleito
superior-geral da Ordem pelo papa Alexandre IV. Nesse cargo, permaneceu por
dezoito anos. Sua direção foi tão exemplar que acabou sendo chamado de segundo
fundador e pai dos franciscanos. Ele conseguiu manter em equilíbrio a nova
geração dos frades, convivendo com os de visão mais antiga, renovando as
Regras, sem alterar o espírito cunhado pelo fundador. Para tanto dosou tudo com
a palavra: para uns, a tranqüilizadora; para outros, a motivadora.
Alicerçado nas teses de
santo Agostinho e na filosofia de Platão, escreveu onze volumes teológicos,
procurando dar o fundamento racional às verdades regidas pela fé. Além disso,
ele teve outros cargos e incumbências de grande dignidade. Boaventura foi
nomeado cardeal pelo papa Gregório X, que, para tê-lo por perto em Roma, o fez
também bispo-cardeal de Albano Laziale. Como tarefa, foi encarregado de
organizar o Concílio de Lyon, em 1273.
Nesse evento, aberto em
maio de 1274, seu papel foi fundamental para a reconciliação entre o clero
secular e as ordens mendicantes. Mas, em seguida, frei Boaventura morreu, em 15
de julho de 1274, ali mesmo em Lyon, na França, assistido, pessoalmente, pelo
papa que o queria muito bem.
Foi canonizado em 1482 e
recebeu o honroso título de doutor da Igreja. A sua festa litúrgica ocorre no
dia se sua passagem para a vida eterna.
Com informações Paulinas On line
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