Plenário da Câmara dos Deputados |
Itens
serão apreciados pela comissão especial nesta semana. Depois, deverão ser
votados pela CCJ e pelo Plenário
A
comissão especial que trata da reforma política no âmbito da Câmara dos
Deputados deverá iniciar o processo de votação de propostas apresentadas ainda
esta semana. Mas, se não houver um imediato entendimento com o Senado, o que
for aprovado dificilmente prevalecerá para as eleições do próximo ano. A
advertência é do deputado Mauro Benevides (PMDB), ao lembrar que existem
questões polêmicas e também propostas de emenda constitucional que exigem
quorum qualificado, o que dificulta a aprovação.
O
relator da reforma política na Câmara é o deputado Henrique Fontana, que deverá
apresentar as primeiras propostas na sessão da comissão especial que acontecerá
nesta terça-feira. Como essa comissão se reúne às terças e quintas, é provável
que alguns pontos sejam votados de maneira fatiada, como ocorre no Senado.
A
Reforma Política tem caminhado de maneira mais ágil no Senado, pois, dos 11
pontos definidos, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) já votou nove,
aprovando sete e rejeitando apenas dois.
Na
Câmara, as propostas ainda deverão ser votadas na comissão especial, na
Comissão de Constituição e Justiça e no Plenário. O que for aprovado na Câmara
será encaminhado ao Senado e o que for de iniciativa do Senado também será submetido
à apreciação da Câmara.
No
entendimento de Mauro Benevides, essa simultaneidade dificulta o processo de
votação. Ele lembra que, em março, chamou atenção para a questão, sugerindo
inclusive a adoção de uma comissão mista.
Na
avaliação do parlamentar, a apreciação diferenciada nas duas casas legislativas
pode promover a diversificação de entendimento, gerando desconforto a quem
pretende agilizar a tramitação. Por isso, se houver divergências na Câmara e no
senado, dificilmente se chegará ao dia 30 de setembro com um resultado
positivo.
No
bojo das propostas a serem votadas, existem emendas constitucionais que exigem
quorum qualificado de 308 deputados e 49 senadores, o que não é fácil e vai
exigir grande empenho das lideranças partidárias.
Polêmicas
Mauro
Benevides ressaltou, ainda, a existência de questões polêmicas, como o
financiamento público das campanhas eleitorais e da lista pré-ordenada de
candidatos, contra a qual persiste a reação da opinião pública, porque significa
o voto na legenda e não mais a escolha do candidato. Conforme o parlamentar, se
a lista cair, o entendimento que prevalece é de inviabilizar o financiamento
público, embora muitos entendam que o projeto pode ser adotado com o
financiamento de pessoas físicas.
Outro
ponto polêmico, já aprovado na CCJ do Senado, é o fim das coligações
proporcionais. Na Câmara, a reação já começou com os pronunciamentos de Daniel
Almeida (PCdoB/BA) e Chico Lopes (PCdoB/CE). A expectativa é de que a proibição
dessas coligações inviabilize a manutenção de várias siglas e dos 27 partidos
políticos existentes no Brasil.
Todas
essas questões são ingredientes que dificultam o entendimento político para a
aprovação da Reforma Política, tendo em vista que ninguém vai votar sem raciocinar
o seu interesse pessoal.
Com informações Diário do Nordeste
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