Máquinas fazem a limpeza no leito do rio Grangeiro - foto Rafael Cavalcante |
Foi assinada autorização para a obra de reconstrução do canal do Rio Granjeiro, no Crato. A limpeza do local para o início da obra começou três meses depois que uma forte chuva destruiu o canal, que corta o centro da cidade.
O investimento de 2,5 milhões, verba do Ministério da Integração Nacional, deve custear a primeira etapa da obra, a cargo do Governo do Estado e com duração de três meses. Mesmo sem a autorização, ações para o início da obra já haviam começado para evitar atraso devido às chuvas, diz o superintendente do Departamento de Edificações e Rodovias (DER), Quintino Vieira.
O problema persiste desde janeiro, quando chuva destruiu o canal e prédios em seu entorno. À época, foi decretado estado de calamidade pública no Crato.
Uma ação da Prefeitura para restaurar as áreas afetadas pelas chuvas começou esta semana. Durante 60 dias, pavimentação de ruas e estradas, iluminação e outros serviços devem ser feitos, inclusive na área onde casas e prédios foram atingidos pelo transbordamento do canal, segundo o prefeito Samuel Araripe.
Revitalização definitiva
Com a reconstrução do canal, o risco de novo transbordamento e destruição persiste, diz o geógrafo e membro do Fórum Araripense de Prevenção e Combate à Desertificação, Mardineuson Sena. Ele defende a recuperação do rio nos trechos fora da cidade. Do contrário, afirma, o trajeto de 2,5 quilômetros que passa dentro da cidade será destruído com novas chuvas.
Um projeto do tipo já está sendo estudado, ainda sem previsão, que levaria entre seis e oito meses para ser feito, diz o superintendente do DER. Tal obra custará em torno de R$ 50 milhões, especula o prefeito Araripe.
Segundo Mardineuson Sena, houve uma “sucessão de erros” que agravam o problema, como o desmatamento da área e nas margens do rio, além do lixo depositado pela população no canal. “O rio é uma coisa e o canal é outra, que foram transformados, ao longo de 20 anos, em uma coisa só, já que o esgoto da cidade é direcionado para ele”, pontua.
No dia 29 de março, o Fórum encaminhou documento ao Governo fazendo sugestões para projeto definitivo para o rio. Entre elas estão o reflorestamento das margens e a adoção de, no mínimo, 30 metros de área de proteção permanente (APP) na área do rio fora da cidade.
Com informações O Povo Online
Clique aqui e reveja fotos da destruição do Canal do Crato
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