Avenida Central da antiga cidade de Cococi - foto Raimundo Soares Filho |
Antigas
casas marcam o início da colonização do Estado pelos Inhamuns, ainda no século
XVIII, com a chegada da Família Feitosa na região. Algumas
delas ainda resistem ao tempo. Outras, no entanto, estão completamente em
ruínas.
Após ser extinto como Município, há 39 anos, Cococi continua a despertar
interesses de historiadores, paleontólogos e pessoas curiosas nos relatos da
“cidada-fantasma”. Aos poucos, o mato invade os casarões antigos. Paredes não
se sustentam mais à ação do tempo. No local, o catavento ainda continua
erguido, mas não puxa água da mesma forma que antigamente. A praça da cidade
mantém as cores vermelha e azul e a mesma estrutura, mas apenas os animais
ocupam o espaço. A única igreja do local, iniciada em 1740 e concluída oito
anos depois, ainda sedia a Festa da Padroeira do antigo município, Nossa
Senhora da Conceição, em dezembro.
É
desta forma que as pessoas encontram Cococi, na região dos Inhamuns, distante
63 quilômetros de Parambu. Extinta em 1968, Cococi começou como vila, passou a
ser distrito de Parambu e depois foi emancipada após a instalação da Família
Feitosa naquela região. Atualmente, não passa de uma “cidade-fantasma”, onde
apenas duas famílias habitam o local, totalizando sete pessoas. Durante o
século XVIII, esta foi a cidade onde se estabeleceu uma rica família,
proveniente da bacia do Rio São Francisco. Por mais que Cococi seja um
resquício da ocupação dos Inhamuns no Estado, muitos casarões encontram-se
abandonados, precisando de reforma, restauração.
Após ser extinto como Município, há 39 anos, Cococi continua a despertar interesses de historiadores, paleontólogos e pessoas curiosas nos relatos da “cidada-fantasma”. Aos poucos, o mato invade os casarões antigos. Paredes não se sustentam mais à ação do tempo. No local, o catavento ainda continua erguido, mas não puxa água da mesma forma que antigamente. A praça da cidade mantém as cores vermelha e azul e a mesma estrutura, mas apenas os animais ocupam o espaço. A única igreja do local, iniciada em 1740 e concluída oito anos depois, ainda sedia a Festa da Padroeira do antigo município, Nossa Senhora da Conceição, em dezembro.
Visitas
Conforme os poucos moradores da antiga cidade, pessoas interessadas em conhecer ou gravar documentários sobre a região dos Inhamuns passam quase todos os dias por lá. Segundo a vice-presidente da Fundação Bernardo Feitosa, Fátima Feitosa, os únicos registros históricos apontam a fundação de Cococi em 1708, após a chegada do coronel Francisco Alves Feitosa naquela área de terra.
“A partir deste núcleo, outras famílias foram se instalando. Então começou a ser popularizado ainda no século XVIII”, conta Fátima.
Com isso, pode-se chegar à conclusão de que o processo de colonização da região dos Inhamuns passou por Cococi. “Foi designado município em 1954, mas em 1968 foi destituído para distrito de Parambu”, completa a vice-presidente.
Fim da cidade
A cidade de Cococi possuiu apenas dois prefeitos, o Major Feitosa e Leandro Custódio, da mesma família.
A história contada por populares narra que o Major Feitosa no seu segundo mandato (o terceiro e último do Município), ao receber verbas para investimentos no lugar, teria utilizado indevidamente o dinheiro para a compra de gado.
O fato repercutiu no Estado e a Ditadura Militar decidiu extinguir o Município, rebaixando a categoria de Distrito. Revoltados com a decisão da Capital, a família Feitosa e seus moradores abandonaram a cidade. Esse abandono permanece até hoje.
Hoje é o dia da Padroeira da Cococi, Nossa Senhora da Conceição, a pequena vila recebe os membros da família Feitosa, turistas e descendentes dos antigos moradores, por um dia no ano Cococi deixa de ser cidade fantasma.
Visitamos o Cococi em dezembro de 2009, confira as fotos:
Entrada do Cococi - Orleans e Palito na camionete - foto Raimundo Soares |
Raimundo Soares no Cococi - foto João Matias |
Ruinas do Hotel e a Câmara do Cococi - foto Raimundo Soares |
Ruinas do Cococi - foto Raimundo Soares |
Ruinas do Cococi - foto Raimundo Soares |
Ruinas do Cococi - foto Raimundo Soares |
Palito, Orleans e João Matias na Praça do Cococi - foto Raimundo Soares |
Orleans, Raimundo Soares e João Matias no antigo Bar do Cococi - foto Palito MegaSom |
Antiga residência do Major Feitosa primeiro e último Prefeito do Cococi - foto Raimundo Soares |
Capela de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira do Cococi, restaurada pela família Feitosa - foto Raimundo Soares |
Sempre tive curiosidade em conhecer Cococi e em 2007 aí estive. Fiauei impressionada, maravilhada e, ao mesmo tempo emocionada. Minha bisavó quando emigrou do Rio grande do Norte para o Ceará, ficou algum tempo no Cococi em casa da Família Feitosa, que seria parente. Não sei precisar o grau de parentesc. Aí portanto, por volta de 1843 estiveram, ainda criança, meu avô paterno, José Joaquim de Castro Paiva, sua mãe, viuva e mais 3 irmãos.
ResponderExcluirSalvei algumas dessas fotos, e gostaria de usar algumas (melhores que as que eu tirei, em 2007) em meu blog Da Cadeirinha de Arruar, cujo link é:
http://dacadeirinhadearruar.blogspot.com/
Meu email: lubpaiva@gmail.com
Muito bom esse blog, atual e interessante nas variedades das matérias postadas.
Atenciosamente,
Lúcia
Lúcia, eu sempre consulto matérias referentes a Cococi. Lamento muito esse localidade encontrar-se nesse estado de abandono. Somente a Capela de Nossa Senhora da Conceição tem recebido cuidados. Um abraço.
ExcluirÉ LAMENTÁVEL VER COCOCI DESTE JEITO, FUI MUITO PASSEAR AÍ E FICAVA HOSPEDADA NA CASA DO MAJOR FEITOSA,CONVEVI MUITO C/ TODOS ELES, POIS TINHA CASA NO CRATO, E ERAM MEUS VIZINHOS LÁ.ATÉ HJ SOU AMIGA DA MARILETE E Mª DO CARMO QUE SAO FILHAS DA D.FRANCELINA.
ResponderExcluirHJ SÓ NOS RESTA RECORDAÇAO E MUITA SAUDADES DO MAJOR FEITOSA.
ALDENIRA C. TEIXEIRA
Amiga, sou Feitosa, moro no ES, tenho um grupo das famílias. Vc não tem foto do Major?? Da família para me enviar?? Ficarei muito grata!! Desde já obrigada e fica com Deus!! Tenho face. Edy Ineis Gomes Alves.
ExcluirEu também sou uma Feitosa
Excluirfiz um passeio aí, em 2010! nasci em canafista município de parambu, meu pai foi embora nos Levando para o município de aiuaba, eu tinha 3 anos de idade.quando fiquei de maior vim embora para minas gerais, então só voltei a esta região de cococi após 38 anos, foi muita emoção.visitei as ruínas, o cemitério, tirei fotos fiz videos. mas confesso que tive uma sensação muito estranha! não sei descrever, algo como nostalgia,olhava e via os horizontes entristecidos,aquilo me apertava o coração!só me senti Livre e Leve, quando cheguei na confiança"estrada de taua a campos sales"acho que de tanto olhar aquelas antiguidades,fiquei um pouco nostálgico; mas valeu
ResponderExcluircococi terra em que nasci se deus quiser estarei la dia 7/12/12 para a festa de nossa senhora
ResponderExcluirao ver essa foto de novo da soudade do lugar. soudade de cococi e parambu.
ResponderExcluirCococi e terra que eu morei adoro a quela localidades mais fe em nassa senhora da camceçao as cousa vai melhora por La
ResponderExcluirO Cococi nāo é uma cidade fantasma, a Grécia, tem suas ruinas nāo há quem se refira ás mesmas, como fantasmas.Os Feitosas aqui chegaram em 1659 e trabalharam na colonizaçāo e construçāo de alguns municipios nos Estados da Bahia, Alagoas, Sergipe, Ceará.As informaçōes sobre a questão das verbas, citando o . major Feitosa, são inverídicas. Vivia-se sob uma didatura e o assunto / questões sobre a administração do municipio, foram indevidamente conduzidas pela mesma e que culminaram indevidamente na extinção do municipio ato afetou toda uma próspera comunidade.O povo ficou à mercê no tempo, tendo perdido o seu espeço de direito. Acredito até que cabe uma revisão do assunto, tome-se como exemplo o caso do jornalista Vladimir Herzog, foi expedido uma nova certidão de óbito, corrigindo assim a causa mortis.Atenciosamente
ResponderExcluirJOSÉ EVERSRDO FEITOSA E CASTRO
O Cococi é ex-municipio ( não uma cidade fantasma) tem dono, tem história.
ResponderExcluirFoi um erro do regime imposto pela ditadura militar a extinção de uma comunidade em pleno crescimento.
Vejam o caso do jornalista Vladimir Herzog, foi revsto o seu caso e expedida uma niva certidão de óbito, corrigindo assim um grande erro cometido no tempo da ditadura.
JOSÉ EVERARDO FEITOSA E CASTRO
Já fui no cococí realmente as histórias são muinto interessante lá mesmo
ResponderExcluirMais uma reportagem da TV:
ResponderExcluirhttp://noticias.r7.com/domingo-espetacular/videos/conheca-a-cidade-fantasma-no-sertao-do-ceara-que-abriga-apenas-cinco-habitantes-31052015