Dilma Vana Rousseff nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais em 14 de dezembro de 1947 é uma economista e Presidente eleita do Brasil. Dilma é filha do advogado e empreendedor búlgaro naturalizado brasileiro Pedro Rousseff e da professora Dilma Jane Coimbra Silva.
Em 1964 matriculou-se no Colégio Estadual Central onde foi iniciada no movimento estudantil. Na sequência ingressou na Política Operária (POLOP), uma organização fundada em 1961, oriunda do Partido Socialista Brasileiro, onde militou e posteriormente no Comando de Libertação Nacional (COLINA). Foi nessa época que conheceu Cláudio Galeno de Magalhães Linhares, cinco anos mais velho e casaram-se em 1967, apenas no civil, depois de um ano de namoro.
Perseguidos na cidade, a organização ordenou que fossem para o Rio de Janeiro. A família de Dilma não conhecia o grau do seu envolvimento com essas atividades. Nesta época, Dilma tinha 21 anos e concluíra o segundo ano de Economia.
Depois de um tempo Galeno foi enviado pela organização a Porto Alegre e Dilma permaneceu no Rio, onde ajudava a organização, participando de reuniões, bem como no transporte de armas e dinheiro. Nessas reuniões, conheceu o advogado gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo, por quem se apaixonou e com quem viria a viver por cerca de trinta anos. Araújo era chefe da dissidência do Partido Comunista Brasileiro (PCB), e abrigara Galeno em Porto Alegre. A separação de Galeno e Dilma foi pacífica. Como afirmou Galeno, "naquela situação difícil, nós não tínhamos nenhuma perspectiva de formar um casal normal".
Dilma participou de algumas reuniões sobre a fusão do COLINA com a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), que acabou formalizada, originando a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). De acordo com um integrante de buscas da Operação Bandeirante (Oban), Dilma era a grande líder da organização clandestina VAR-Palmares. Usando vários codinomes, teria recebido epítetos superlativos dos relatórios da repressão, definindo-a como "um dos cérebros" dos esquemas revolucionários. O Promotor de Justiça que denunciou a organização rotulou-a como sendo a "Joana d’Arc da subversão", por chefiar greves e assessorar assaltos a bancos, que Dilma contesta, dizendo nada lembrar das tantas ações que lhe atribuíram.
Mesmo com grande quantidade de dinheiro, o VAR-Palmares não conseguiu manter a unidade. Durante um congresso em Teresópolis, entre agosto e setembro de 1969, teria havido grande divisão entre os "militaristas", focados na luta armada, e os "basistas", que defendiam um trabalho de massas. Dilma estava com o segundo grupo. Enquanto os primeiros se agruparam na VPR militarista, liderados por Lamarca, Dilma ficou no segundo grupo, a VAR-Palmares basista.
Após a divisão, Dilma foi enviada a São Paulo, onde esteve encarregada de manter em segurança as armas que couberam a seu grupo. Evitando mantê-las em apartamentos sem a segurança necessária, ela e a amiga Maria Celeste Martins (décadas mais tarde, sua assessora na Casa Civil) mudaram-se para uma pensão simples na zona leste urbana, escondendo o arsenal debaixo da cama
Uma série de prisões de militantes conseguiu capturar José Olavo Leite Ribeiro, que encontrava-se três vezes por semana com Dilma. Conforme o relato de Ribeiro, após sofrer um dia de torturas, revelou o lugar onde se encontraria com outro militante, um bar na Rua Augusta. Em 16 de janeiro de 1970, obrigado a ir ao local acompanhado de policiais disfarçados, seu colega também foi capturado e, quando já se preparavam para deixar o local, Dilma, que não estava sendo esperada, logo chegou. Percebendo que algo estava errado, Dilma tentou sair do local sem ser notada. Desconfiados, os policiais a abordaram e a conduziram para a Operação Bandeirante, no mesmo local onde cinco anos depois Vladimir Herzog perderia a vida.
Dilma foi torturada por vinte e dois dias com palmatória, socos, pau de arara e choques elétricos. No meio militar, há quem veja o relato de Dilma com ironia e descrédito, especialmente quanto à possibilidade de alguém sobreviver a tanto tempo de tortura. Posteriormente, Dilma denunciou as torturas em processos judiciais e a Comissão Especial de Reparação da Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro aprovou pedido de indenização por parte de Dilma e de outras dezoito pessoas.
Carlos Araújo foi preso em 12 de agosto de 1970, encontrou-se com Dilma em algumas ocasiões, nos deslocamentos relativos aos processos militares que ambos respondiam. Ficaram alguns meses no mesmo presídio Tiradentes, em São Paulo, inclusive com visitas íntimas, onde se reconciliaram, planejando restabelecerem a vida conjugal após a prisão.
Dilma foi condenada em primeira instância a seis anos de prisão. Havendo cumprido três anos, o Superior Tribunal Militar reduziu, então, a condenação a dois anos e um mês. Teve também seus direitos políticos cassados por dezoito anos. Seu nome estava numa lista, encontrada na casa de Carlos Lamarca, com presos a que se daria prioridade para serem trocados por sequestrados, mas nunca foi trocada e cumpriu a pena regularmente.
Dilma saiu do Presídio Tiradentes no fim de 1972, dez quilos mais magra e com uma disfunção na tireoide. Havia sido condenada em alguns processos e absolvida noutros. Iniciou a recuperação da sua saúde no lar com sua família, em Minas Gerais. Algum tempo depois morou com sua tia em São Paulo e depois mudou-se para Porto Alegre, onde Carlos Araújo cumpria os últimos meses de detenção. Hospedou-se na casa do pai e mãe do companheiro Carlos Araújo, cuja localização lhe permitia avistar o presídio em que Araújo estava detido. Dilma visitava-o com frequência, levando jornais e até livros políticos, disfarçados de romances.
Dilma
reconstruiu sua vida no Rio Grande do Sul, onde, junto com Carlos Araújo, foi
membro fundador do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e participou de
diversas campanhas eleitorais. De 1985 a 1988, durante a gestão de Alceu
Collares à frente da prefeitura de Porto Alegre, foi Secretária Municipal da
Fazenda. De 1991 a 1993 foi presidente da Fundação de Economia e Estatística e
foi Secretária Estadual de Minas e Energia entre os períodos de 1993 a 1994 e
de 1999 a 2002, durante o governo de Alceu Collares e do sucessor Olívio Dutra.
Em 2001 decidiu filiar-se no Partido dos Trabalhadores (PT). Em 2002 participou da equipe que formulou o plano de governo de Luiz Inácio Lula da Silva para a área energética.
Durante o governo Lula, assumiu o Ministério de Minas e Energia e posteriormente a chefia da Casa Civil.
Este ano Dilma foi escolhida pelo PT para concorrer à eleição presidencial, disputando contra José Serra (PSDB) no segundo turno, cujo resultado, anunciado em 31 de outubro, tornando-se a primeira mulher a ser eleita para o mais alto cargo, o de chefe de Estado e chefe de governo, em toda a história do Brasil.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre e foto de Adir Meira
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