Em 1997 morria no Rio de Janeiro o empresário cearense Antônio Venâncio (foto),
conhecido de poucos altaneirenses, mas com raízes na Taboquinha. Seu nome é uma
das marcas de Brasília e deixou um império de mais de 400 milhões de reais em imóveis na
Capital Federal e no Rio de Janeiro.
Antônio
Venâncio da Silva constituiu uma família incomum. Aos 17 anos, casou-se com
Antônia Odontina de Souza, em Santana do Cariri, mas desta união não teve
filhos. O empresário tinha cinco filhos reconhecidos e dois buscam na Justiça o
reconhecimento de paternidade.
A
história oficial conta que Antônio Venâncio nasceu pobre, filho de pequenos
agricultores. Aos 16 anos, intermediou a venda de um terreno, o comprador teria sido o padre Cícero Romão Batista, já com alguma fama de santo no
Nordeste. Sob as bênçãos do Padre Cícero, iniciou os negócios. Fez de tudo.
Durante a Segunda Guerra Mundial, explorava cera de carnaúba e revendia pneus
usados em Fortaleza. Mudou-se para o Rio de Janeiro e investiu em construção. Lançou em
Copacabana sua primeira série de edifícios o primeiro deles foi Venâncio I.
A convite do Presidente Juscelino vendeu todo o seu patrimônio na capital carioca mudou-se para o Centro-Oeste.Venâncio chegou a Brasília rico, mas foi na capital que entrou para o clube dos arquimilionários. O primeiro edifício foi o Ceará.
A convite do Presidente Juscelino vendeu todo o seu patrimônio na capital carioca mudou-se para o Centro-Oeste.Venâncio chegou a Brasília rico, mas foi na capital que entrou para o clube dos arquimilionários. O primeiro edifício foi o Ceará.
Venâncio
tentava imortalizar o próprio sucesso a cada prédio erguido. Seu segundo Edifício construído foi batizado com seu nome completo depois, foram se
sucedendo os edifícios Venâncio II, III, IV, V e VI e a fortuna cresceu junto com a
numeração. Os dois últimos prédios, grandes shoppings populares no coração da
cidade, foram batizados de Venâncio 2000 e 3000.
Publicações
da época dão conta que depois do enterro de Venâncio, os filhos só se reuniram
uma vez. Foi na Vara de Família, com dez seguranças dentro da sala e detector
de metais na porta.
A
briga dos herdeiros é pelo controle da holding familiar. De um lado está José
Nicodemos, o filho mais velho que dividia com o pai a administração das
empresas e do outro lado quatro filhos oficialmente reconhecidos (André,
Rafael, Priscila e Venâncio Júnior) e ainda os irmãos Antônio Venilson e Maria
Verenice da Silva que tentavam provar que são filhos de Antônio Venâncio e têm
direito a parte do espólio.
A
disputa judicial entre os herdeiros viravam manchetes nos jornais e revista da
Capital Federal e do eixo Rio-São Paulo, mas nos últimos anos pouco se tem
noticiado sobre os fatos.
Na
Taboquinha existe uma lenda que o jovem Antonio Venâncio desenterrou um butija (pote com ouro e prata) e mudou-se para Fortaleza e depois Rio de
Janeiro onde fez sua fortuna.
Antonio Venâncio da Silva foi um dos homenageados pela Casa Ceará nos 50 anos de Brasilia, clique aqui e confira.
Leia também:
O Duelo dos Venâncios
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