O senador e candidato à reeleição Tasso Jereisati (PSDB) admitiu ontem (21/09), em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que esta eleição, na qual disputa um novo mandato no Senado pelo Ceará é “dificílima”. Para ele, “fazer campanha de oposição quando a economia vai bem” é complicado.
A união dos partidos cearenses para, segundo ele, “derrotar a força política” que dominava o Estado incomodou o tucano. De acordo com ele, o isolamento político que tem enfrentado nos últimos meses se deve a “antigos amigos que se juntaram a adversários e fizeram um trabalho bem feito”, numa clara referência aos irmãos Ciro e Cid Gomes (ambos do PSB).
Depois de criticar a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas propagandas políticas dos seus adversários nesta eleição - interpretada pelo candidato do PSDB como uso da Presidência para agir eleitoralmente, - Tasso reconhece a força política do petista.
“Quando ele perde todo o pudor e vira garoto-propaganda, entra diariamente na campanha se colocando como principal militante, isso é uma coisa forte”, reconheceu.
A imagem de Lula nos programas eleitorais é vista pela população mais humilde, segundo Tasso, como importante. Para ele, seus adversários na disputa ao Senado, Eunício Oliveira (PMDB) e José Pimentel (PT), nem sequer aparecem no horário reservado às propagandas. “Eles não aparecem, é só o Lula. Nos estados, todos os candidatos ao governo têm Lula ao lado. É uma mistura de vitória do populismo com aparelhamento fascista da máquina, usada de maneira despudorada, com recursos ilimitados”, destacou o tucano. Conforme Tasso, “o adversário é visto por essa máquina como um inimigo a ser aniquilado”.
Sobre a liderança da presidenciável Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas de intenção de votos, Tasso foi incisivo ao dizer que não conhece “ninguém” que seja Dilma. “Todo mundo vai votar na candidata do Lula”, ressaltou.
Com informações Jornal o Povo
Leia a entrevista na integra.
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