No debate da TV Record, a candidata à Presidência pela coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Rousseff, demonstrou preparo, tranquilidade e firmeza ao defender os avanços conquistados pelo governo Lula. Foi uma oportunidade para apresentar suas propostas à população na última semana da campanha presidencial do primeiro turno.
Ao final, Dilma avaliou que teve um bom desempenho e disse que a democracia ganha com esses espaços de discussão. “Eu achei um debate muito bom, um debate que conseguiu mobilizar todos os candidatos, que tiveram oportunidade de falar a apresentaram suas propostas. A Record deu mais uma contribuição para a democracia ao permitir que houvesse um embate franco”, comentou.
Dessa vez, os demais candidatos tentaram se unir para confrontar Dilma, mas ela se saiu bem nas respostas e não deixou dúvidas, por exemplo, do forte trabalho que o governo do PT fez para punir práticas irregulares, dando força para Controladoria-Geral da República (CGU) e para a Polícia Federal. Algo que não ocorreu em governos anteriores - fato devidamente esquecido pelos três oponentes no debate.
Investigações
Questionada sobre o recente noticiário envolvendo a Casa Civil, Dilma afirmou que não se incomoda com a insistência dos adversários em tratar do tema. Mas afirmou que não pode aceitar a acusação de que o governo Lula foi conivente com qualquer tipo de "malfeito". Num dos melhores momentos, Dilma lembrou as suspeitas de irregularidades apuradas pela Polícia Federal em órgãos ambientais, quando Marina Silva era ministra do Meio Ambiente.
“O que não aceito é tentar atribuir a mim responsabilidade por coisas que não fiz. Ou tentar dizer que esse é um processo que só ocorre no governo Lula", argumentou. "O governo Lula produziu todas as condições para impedir que malfeitos fiquem impunes e é isso que importa. Assegurar que tenha investigação e que quem cometeu qualquer malfeito seja punido, doa a quem doer e aconteça o que acontecer.”
Educação
O debate permitiu mostrar os avanços do governo Lula a partir de 2003. Foi o momento de discutir propostas, mas o tucano José Serra, por exemplo, não soube responder por que o seu partido governa São Paulo há 16 anos e não apresentou melhoria no ensino público.
Ao ser questionado por Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) sobre o tema, Serra não explicou o motivo da baixa qualidade da educação em São Paulo. E ainda ouviu o candidato adversário que sua imagem entre os professores “é horrível”.
Dilma aproveitou o debate para aprofundar questões importantes na gestão da máquina pública. Ela disse a Serra que ele não podia fazer cobranças do governo atual em relação às agências reguladoras porque na gestão de Fernando Henrique Cardoso elas foram criadas, mas não havia plano de cargos e salários, nem orçamento. Além disso, os tucanos não deixaram marcos regulatórios prontos ou que pudessem ser aplicados.
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