Berço
político de uma das famílias mais tradicionais da política de Altaneira, a
comunidade do Valério tem o nome de dois santos homônimos: São Valério,
primeiro bispo de Treviri e são Valério, bispo de Ravena.
O
primeiro viveu no fim do século III e início do IV. O segundo morreu a 15 de
março de 810. Nenhum deles apresenta perfil biográfico satisfatório. Quanto ao
bispo de Ravena conta-se que o papa Leão III escreveu a Carlos Magno que não
deporia a favor de sua santidade. A carta, porém, tinha interesses políticos,
dizem os críticos.
De
outras fontes históricas resulta que o arcebispo de Ravena era pastor zeloso e
batalhador pela causa do bem, especialmente na luta contra o arianismo. Regeu a
diocese entre 788 e 810. No século XIII o arcebispo Simeão trasladou suas
relíquias para a catedral, concedendo uma indulgência especial à basílica de
santo Apolinário, por reverência ao bem-aventurado Valério.
As
notícias do seu homônimo são ainda mais confusas. História e lenda se alternam.
A Igreja da França e da Alemanha atribuíam a Valério (primeiro bispo) uma
ligação com são Pedro apóstolo. Por volta do ano mil (1000) no livro História
dos bispos de Tréveros são descritos milagres numerosos, conversões de grande
número de pagãos e feitos extraordinários próprios dos tempos apostólicos tais
como a ressurreição de Materno por são Valério usando para isso o bastão que
são Pedro lhe enviara.
O
outro companheiro de missão, Eucário, que o precedeu no túmulo, teria avisado o
santo do dia da morte: 29 de janeiro de 88. Portanto, anterior ao século IV, como
se deduz do catálogo episcopal da cidade de Tréveros e das antigas inscrições
epigráficas.
Suas
relíquias estão na igreja de são Matias, num sarcófago de estilo romano.
Extraído
do livro: Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.
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