Cel. Manoel Pinheiro de Almeida, com idade 64 anos (arquivo da Família) |
Os ascendentes de Manoel Pinheiro de Almeida, José de Almeida Braga (avô) e os tios-avôs Joaquim, Antonio Abdoral e Ludgério de Almeida Braga vieram do Riacho do Sangue, hoje Solonópoles e instalaram-se nas terras de Lagoa de Santa Tereza, atual Altaneira, então povoada pelos índios Cariris, no inicio do século XVIII.
Conta à tradição que eram homens simples e desbravadores. Sendo caçadores de onças construíram um grande curral no Sítio Santa Tereza onde os bois eram ferrados, castrados e vendidos. Nas estacas do curral eram colocadas as cabeças das onças como adornos.
Manoel Pinheiro de Almeida nasceu no Sítio Trindade, Distrito de Santa Fé, Município do Crato, no dia 30 de setembro de 1894. Era filho de Joaquim de Almeida Braga e Joana Maria da Conceição. Viveu a sua infância naquela localidade, juntamente com os irmãos Joca, Chiquinho, Ana, Jose, Joaquim Filho, Totô e Maria. Com a venda do Sítio Trindade passaram a residir no Sítio Santa Tereza. Sempre dedicado ao trabalho, foi motivado desde jovem a atuar em atividades comerciais, principalmente na venda da rapadura, de produção do engenho de seu Pai e do engenho de José Liberalino Duarte.
Manoel Pinheiro de Almeida nasceu no Sítio Trindade, Distrito de Santa Fé, Município do Crato, no dia 30 de setembro de 1894. Era filho de Joaquim de Almeida Braga e Joana Maria da Conceição. Viveu a sua infância naquela localidade, juntamente com os irmãos Joca, Chiquinho, Ana, Jose, Joaquim Filho, Totô e Maria. Com a venda do Sítio Trindade passaram a residir no Sítio Santa Tereza. Sempre dedicado ao trabalho, foi motivado desde jovem a atuar em atividades comerciais, principalmente na venda da rapadura, de produção do engenho de seu Pai e do engenho de José Liberalino Duarte.
Esta era vendida na cidade de Iguatu. Através dessa atividade de compra e venda veio a conhecer aquela que seria a sua futura esposa. No dia 11 de agosto de 1928 casa-se com Maria Leite de Almeida (Sinhá), filha de José Liberalino Duarte e Antonia Maria Leite e neta de Liberalino Duarte Brandão e Joaquina Liberalino de Menezes. Ao lado da companheira, construiu no ano de 1929 a Casa Grande do Sítio Escondido, palco dos mais importantes acontecimentos políticos que envolvera o município de Farias Brito.
Dedicou-se ás atividades agrícolas e comerciais, edificou e construiu importantes amizades. Em 12 de maio de 1934, nasce Terezinha Almeida Leite, filha única do casal. Esta casou-se com Aurélio Liberalino de Menezes, no dia 27 de maio de 1950, sendo este filho de Jose Liberalino de Menezes e Raimunda Nergino da Silva.
O nome de Manoel Pinheiro de Almeida projetou-se por todo o Ceará, não simplesmente por ser proprietário de inúmeros bens, mas pela sua conduta moral e pelo respeito que seu nome inspirava. Sendo Sinhá pertencente à família de tradição política, o jovem líder foi motivado a ingressar nessa carreira, fato ocorrido em 1926, ano em que o Município de Quixará foi restaurado. Com a liderança do sogro, Jose Liberalino Duarte e o seu respaldo junto à população, todas as forças políticas se uniram no intuito de escolher um nome condizente com o júbilo ora vivido pelo município recém criado. Em eleição única, foi escolhido Manoel Pinheiro de Almeida que governou de 09 de maio de 1937 a 1º de janeiro de 1940, passando para as páginas da Historia como o primeiro prefeito eleito do Antigo Quixará após a sua restauração.
Com múltiplos afazeres e sendo homem político, Né de Almeida, terminou o seu mandato, mas a sua trajetória estava solidificada. No ano de 1954 foi novamente eleito Prefeito Municipal de Quixará obtendo um voto de maioria sobre seu opositor.
Edificou obras, acolheu a população carente, projetou-se com a qualidade de um líder altivo e determinado, representando a UDN (União Democrática Nacional) junto ao povo fariasbritense. Dentre as suas obras mais importantes destaca-se a Coluna da Hora, solenemente inaugurada no dia 12 de fevereiro de 1958 e a conclusão do Mercado Público Municipal no ano de 1955. Sua prestimosidade e sua atuação o fizeram receber o título de Coronel, reservado naquela época para os cidadãos de alto prestígio.
No que tange à sua vida econômica já era homem “de posses” quando se casou. Grande produtor de arroz, milho, fumo, algodão herbáceo (algodão branco) no município de Farias Brito e, rapadura produzida no seu engenho no Sítio Solidão no Distrito de Santa Tereza. Proprietário de varias fazendas dedicava-se, também, a criação de gado bovino. Na década de 50, construiu um açude particular, denominado Açude Quixará, localizado no Sítio Carneira no antigo Quixará.
Carinhosamente apelidado de “Seu Né”, pelos inúmeros compadres e amigos, teve uma ampla atuação política e social. Juntamente com outros contemporâneos foi escolhido pelo Cônego Feitosa, quando Vigário no Quixará, para a função de Conselheiro da Paróquia. Desenvolveu trabalhos ligados a justiça, exercendo o cargo de Juiz de Paz. Conseguiu por varias vezes a nomeação de Delegado para o compadre Zé Lino, seu grande amigo e primo de Sinhá.
A sua atuação política e seu espírito edificador não restringiram ao antigo Quixará, mas foram além.
Profundamente ligado à Vila Santa Tereza (atualmente Altaneira), o Cel. Né de Almeida deu significativos passos para o seu desenvolvimento. E pela sua atuação de homem público, contribuiu, naquela época, com o progresso da Vila de Santa Tereza.
Primeira reunião para emancipação política de Altaneira em 14 de fevereiro de 1957 |
Contemporâneos e amigos narram detalhes de sua vida política e social, relatando fatos nos quais o mesmo foi protagonista. Dentre esses, vale ressaltar Euclides Nogueira Sampaio, “Seu Quido”, que afirma: “Né de Almeida amava Altaneira e a tinha como sua terra. Apegado às suas raízes externou seus sentimentos patrióticos na luta pela emancipação daquela Vila à categoria de Município. Sua primeira tentativa em prol da emancipação política deu-se em 14 de fevereiro de 1957. Por onde passava tinha sempre um compadre, um afilhado. Agia como conselheiro quando as pessoas o procuravam para resolver questões de terras ou desavenças familiares”.
Por ser um cidadão digno, sua trajetória foi acompanhada por marcas que até hoje gravam o seu nome nas paginas da historia. Conseguiu realizar o seu sonho da elevação da Vila de Santa Tereza (Altaneira) à categoria de Município, no ano de 1958.
Dois anos depois. na ocasião em que o povo daquela localidade enaltecia as ações de seu líder em festa comemorativa ao lançamento de seu nome para disputar as eleições para prefeito de Altaneira, o Cel. Manoel Pinheiro de Almeida foi cruelmente assassinado em via pública. Era o dia 11 de agosto de 1960. A sua morte estava relacionada a questões políticas reinantes no município e Farias Brito.
Dois anos depois. na ocasião em que o povo daquela localidade enaltecia as ações de seu líder em festa comemorativa ao lançamento de seu nome para disputar as eleições para prefeito de Altaneira, o Cel. Manoel Pinheiro de Almeida foi cruelmente assassinado em via pública. Era o dia 11 de agosto de 1960. A sua morte estava relacionada a questões políticas reinantes no município e Farias Brito.
O povo fariasbritense, grato pelas ações do inconfundível líder denominou de “Cel. Manoel Pinheiro de Almeida” a principal via pública da cidade, além da ponte sobre o Rio Cariús. A Praça Principal de Altaneira e outros prédios públicos também receberam esse nome, uma homenagem dos munícipes e do Poder Público ao seu fundador.
O dia 30 de setembro de 1994 foi a data de seu centenário de nascimento. Celebrado por seus descendentes na Fazenda Escondido no Município de Farias Brito, Ceará.
Que esse nome seja resgatado e os seus exemplos de amizade e respeito possam ser seguidos.
Que esse nome seja resgatado e os seus exemplos de amizade e respeito possam ser seguidos.
Enviado por Dr. Emanuel Pinheiro de Almeida
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