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Foto do Wikimedia Commons com montagem de Raimundo Soares Filho |
O Êxtase de Santa Teresa é uma escultura de Gian Lorenzo Bernini (1598-1680) um dos maiores escultores do século XVII, representando a experiência mística de Santa Teresa de Ávila trespassada por uma seta de amor divino por um anjo, realizada para a capela do cardeal Federico Cornaro. A madre Teresa, nascida Teresa de Cepeda y Ahumada morreu em Alba de Tormes em 4 de Outubro de 1582.
Esculpida durante o período de 1645-1652, seguindo as tendências do estilo barroco, hoje ela se encontra em um nicho em mármore e bronze dourado na Capela Cornaro, Igreja de Santa Maria della Vittoria, Roma. A beleza da obra se deve ao uso da iluminação e da fidelidade da escultura, que conferem à obra sensibilidade, pois o escultor aplicava em suas esculturas o uso de corpos alongados, gestos expressivos, expressões mais simples mas mais emocionadas.
Bernini seguia as determinações da Igreja Católica Romana, que diziam que a a arte religiosa deveria ser inteligível e realista, e servir, acima de tudo, como um estímulo emocional à religiosidade. Bernini serviu a cidade do vaticano durante muito tempo, criando esculturas feitas por pedido.
A obra "Êxtase de Santa Teresa" representa o relato da Santa, conhecida como a Doutora da Igreja:
"Quis
o Senhor que eu tivesse algumas vezes esta visão: eu via um anjo perto de mim,
do lado esquerdo, em forma corporal, o que só acontece raramente. Muitas vezes
me aparecem anjos, mas só os vejo na visão passada de que falei. O Senhor quis
que eu o visse assim: não era grande, mas pequeno, e muito formoso, com um
rosto tão resplandecente que parecia um dos anjos muito elevados que se
abrasam. Deve ser dos que chamam querubins, já que não me dizem os nomes, mas
bem vejo que no céu há tanta diferença entre os anjos que eu não os saberia
distinguir. Vi que trazia nas
mãos um comprido dardo de ouro, em cuja ponta de ferro julguei que havia um
pouco de fogo. Eu tinha a impressão de que ele me perfurava o coração com o
dardo algumas vezes, atingindo-me as entranhas. Quando o tirava, parecia-me que
as entranhas eram retiradas, e eu ficava toda abrasada num imenso amor de Deus.
A dor era tão grande que eu soltava gemidos, e era tão excessiva a suavidade
produzida por essa dor imensa que a alma não desejava que tivesse fim nem se
contentava senão com a presença de Deus. Não se trata de dor corporal; é
espiritual, se bem que o corpo também participe, às vezes muito. É um contato
tão suave entre a alma e Deus que suplico à Sua bondade que dê essa experiência
a quem pensar que minto." (Do Livro "A Vida", autobiografia da Santa)
A escultura aparece em um dos livros do escritor norte americano Dan Brown, Anjos e Demônios, como sendo um marco do caminho da Iluminação criado pelos Iluminati, há rumor que o próprio Bernini seja um deles.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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