Nelson e Winnie Mandela festejados pelo povo quando da saída do líder da prisão em 1990 - Foto: Reprodução/Wikipédia |
O Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e celebra-se em 21 de março em referência ao Massacre de Sharpeville.
Em
21 de março de 1960, em Joanesburgo, na África do Sul, 20.000 pessoas faziam um
protesto contra a Lei do Passe, que obrigava a população negra a portar um
cartão que continha os locais onde era permitida sua circulação. Porém, mesmo
tratando-se de uma manifestação pacífica, a polícia do regime de apartheid
abriu fogo sobre a multidão desarmada resultando em 69 mortos e 186 feridos.
Pintura Godfrey Rubens retratando o Massacre de Sharpeville em 1960 |
Em memória a este massacre a Organização das Nações Unidas – ONU – instituiu 21 de março o dia Internacional de Luta contra a Discriminação Racial A prática do racismo na Internet
Muitos internautas que antes da popularização do conglomerado de computadores interligados não tinham coragem de se manifestar, encontraram na internet a ferramenta perfeita para alcançar o maior número de pessoas possíveis a fim de divulgar seus pensamentos preconceituosos.
Neste sentido existem milhares de sites, blogs, dos sites de relacionamentos que pregam o racismo, genocídio, neonazismo. As pessoas aproveitam a facilidade de criar perfis falsos para disseminarem o ódio racial e intolerância.
No ano de 2006 (literalmente) foi aprovado projeto de Lei do Senador Paulo Paim (PT-RS), que prevê pena de reclusão de dois a cinco anos e multa aos responsáveis por crimes de discriminação divulgados via internet.
Na África do Sul, o Dia dos Direitos Humanos é um feriado público celebrado em 21 de março de cada ano. O dia comemora a vida daqueles que morreram para lutar pela democracia e pela igualdade de direitos humanos para todos na África do Sul durante o apartheid, um sistema institucionalmente racista baseado na discriminação racial. O Massacre de Sharpeville em 21 de março de 1960 é o dia de referência especial para este feriado.
Desde
o início da década de 50, foram muitos os grupos políticos formados por negros
que começavam a se articular na sobrevivência ao Apartheid. Entre estes, o
Congresso Nacional Negro (CNA), que teve em Nelson ‘Madiba’ Mandela um de seus
mais destacados líderes. Na virada para os anos 60, grande parte da oposição,
incluindo o CNA, passou a focar seus esforços em derrubar a “Lei do Passe” e
suas exigências. Com esta motivação, no dia 21 de março de 1960 mais de 20 mil
sul-africanos se reuniram em Sharpeville, ao sul da capital Joanesburgo, para protestar.
Em comum? Nenhum deles carregava a caderneta.
A ideia, ao mesmo tempo que genial, era simples: obrigar a polícia a prender todos os manifestantes, assim causando um colapso no sistema prisional da região. Caótica, a situação, esperava-se, levaria a uma maior reflexão por parte das lideranças do país acerca do racismo presente em sua legislação. Um grupo de policiais, no entanto, respondeu ao protesto, que transcorria de maneira pacífica, como criminosos, abrindo fogo contra a multidão. Ao todo, foram 69 mortos e quase duas centenas de feridos.
Também
violenta, a resposta do governo foi proibir organizações políticas na África do
Sul, medida que logo colocou grupos como o CNA na ilegalidade, e se desdobrou
em uma repressão ainda maior à comunidade negra e seus porta-vozes, a exemplo
Madiba, preso em 1964, então condenado à prisão perpétua. Além disso, os corpos
das vítimas do massacre foram colocados em caminhões, ao mesmo tempo que nenhum
policial foi punido.
Todos os anos, o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial tem um tema específico, este ano é: “Desqualificar o Racismo”.
Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
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