28 de março de 2010
Como age e o que defende a "Turma do NÃO"
Eles estão em quase toda parte. Para isso, basta haver um empreendimento, público ou privado, questões ambientais ou debates sobre o presente e o futuro da política
O projeto do estaleiro, que o Governo do Estado quer construir na praia do Titanzinho, no Serviluz, é muito mais do que um embate com a Prefeitura de Fortaleza, que é contra a localização.
Com forte apelo político e ampla cobertura da mídia, a polêmica acabou transformando-se, nas últimas semanas, em um terreno fértil para o fortalecimento de outro tipo de embate: o protagonizado por pequenos grupos de pessoas, que defendem posições radicais e, com muito barulho, desafiam o próprio poder.
Manifestações, protestos, atos, caminhadas e até greve de fome são ações comuns para eles. Um exemplo do tipo aconteceu na última sexta-feira, 26. Um grupo de cerca de 100 manifestantes se organizou em frente à praça das Docas, no Cais do Porto. Motivo: realizar uma passeata até a sede da Petrobras, em Fortaleza, para entregar uma carta de protesto.
No texto, as dez entidades que subscrevem são claras: ``Informamos aos senhores que não aceitaremos de forma alguma a destruição da praia do Titanzinho``.
Episódios como esse são abundantes, e não só no Ceará. Já houve greve de fome contrária a transposição das águas do rio São Francisco; na construção do do açude Castanhão, vários questionamentos foram levantados. Sem contar com protestos outros, como os contrários à ponte da Sabiaguaba e do Porto do Pecém, entre muitos outros.
O governador Cid Gomes (PSB) já chegou a afirmar que iria encomendar uma tese ao curso de Psicologia da UFC sobre os resistentes. ``Impressionante, eu nunca vi essas pessoas serem a favor de nada``, enfatizou, há alguns dias.
O Jornal O POVO apresenta alguns desses grupos e levanta a discussão sobre como eles atuam e agem na sociedade.
Por Tiago Coutinho
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